Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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01 agosto, 2018

Segundo FGV, entrevista com Bolsonaro gerou mais de 60 mil tuites por hora


Impulsionado por sabatina realizada pelo programa de TV “Roda Viva”, o debate sobre o deputado federal e pré-candidato à Presidência Jair Bolsonaro mobilizou 717.308 publicações no Twitter entre as 20h de segunda (30) e as 8h de terça (31), cerca de 60 mil tuites por hora.

O volume registrado em 12 horas é equivalente a cerca de 65% das menções sobre o presidenciável computadas nos sete dias anteriores (de 23 a 29 de julho). O pico de referências ocorreu por volta das 23h, quando foram
registradas aproximadamente 40% das menções e uma média de 4,6 mil tuites por minuto.

Entre as hashtags mais utilizadas, #bolsonaronorodaviva esteve presente em 33% das menções, e parte delas tende a direcionar críticas aos jornalistas. A #rodaviva foi citada em 27% das postagens e usada em críticas às falas do pré-candidato.
As interações motivadas pela entrevista de Jair Bolsonaro no “Roda Viva” geraram dois principais grupos de discussões, com posições opostas no debate. O maior deles, em laranja no mapa a seguir, agregou mais de 54,2% das contas em interação e é composto de perfis que se posicionam de forma contrária ao deputado federal. O segundo maior grupo, em verde, tem cerca de 26% dos perfis e demonstra apoio a Bolsonaro. Também foram identificados dois grupos menores (rosa e cinza), com quase 5% dos perfis, cada. A presença de robôs não foi significativa na análise.

O grupo verde, por sua vez, demonstra apoio a Bolsonaro e é composto majoritariamente de perfis alinhados à direita. O grupo exalta a performance do deputado na sabatina e direciona críticas aos entrevistadores do programa — citam especialmente a fala de uma das entrevistadoras sobre voto impresso e o uso Wikipedia como fonte por outro. Os usuários defendem ainda as posições do pré-candidato a respeito das minorias e ironizam aqueles que buscam soluções menos autoritárias para a segurança. Parte das publicações do grupo também demonstra apoio a Bolsonaro por oferecer uma contraposição à esquerda no país.
Em proporção muito menor, o grupo cinza demonstra preocupação sobre como o jornalismo tem lidado com Bolsonaro, o que, segundo os usuários, poderia culminar na eleição do pré-candidato. No principal tuíte do grupo, um usuário reclama da ênfase das perguntas nas controvérsias de Bolsonaro, e não em suas propostas, o que daria força para o pré-candidato, que sabe responder sobre polêmicas, mas não falar de forma concreta sobre o futuro. Já o grupo rosa demonstra oposição a Bolsonaro de forma similar ao grupo laranja, mas com um debate puxado primordialmente pelo perfil @sincerojesuis, que faz postagens em tom jocoso contra Bolsonaro. (DP)


Quarta-feira, 1º de agosto, 2018 ás 00:05

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