Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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31 dezembro, 2021

OTIMISMO E ALEGRIA PARA O ANO NOVO

 

Final de ano é tempo de festa e celebração, mas também de reflexão, de análise e de recomeços. Para trás fica um ano que agora acaba, e dele devemos guardar o bom e esquecer o menos bom.

 

Do sofrimento e das lágrimas guardemos apenas a certeza de que a elas sobrevivemos. Dos erros guardemos a aprendizagem; e das dificuldades guardemos o momento da superação.

 

Devemos sentir alegria e gratidão por mais um ano vivido, e apesar de tudo que tenha acontecido, o importante é que chegamos até aqui. E hoje somos mais experientes, mais fortes e mais sábios.

 

Agora é tempo de encher o coração de otimismo, esperança e sonhos, é tempo de recomeçar e renovar, pois um novo ano vai começar e devemos vivê-lo e aproveitá-lo ao máximo.

Veja o video:


 

 Desejos de um feliz e próspero 2022


 Não esqueça, a pandemia aida não acabou, proteja-se e tome as vacinas!

30 dezembro, 2021

ENCHENTES NA BAHIA SÃO CLAROS ALERTA DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS NO BRASIL

As fortes chuvas que se abateram sobre o sul da Bahia em dezembro – e que agora podem se dirigir para o sudeste do Brasil – representam um alerta do impacto que as mudanças climáticas poderão causar no país daqui para a frente. As enchentes já provocaram ao menos 21 mortes e deixaram milhares de desabrigados.

 

Para o físico Alexandre Costa, doutor em Ciências Atmosféricas pela Colorado State University e professor da Universidade Estadual do Ceará, a tragédia na Bahia é uma amostra do que pode estar por vir nos próximos anos, com o aumento da temperatura do planeta. “Hoje, todo evento extremo é influenciado pelo aquecimento global. Uma atmosfera com 414 partes por milhão de CO2 não tem como se comportar como a atmosfera de 280 partes por milhão de CO2, que era a que tínhamos na era pré-industrial”, sintetiza.

 

O pesquisador, colaborador do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, observa que a comunidade científica ainda adota uma “cautela excessiva” antes de associar eventos climáticos específicos às mudanças globais do clima. No caso baiano, a ocorrência simultânea de dois fenômenos naturais – a Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), típica no verão, mas rara na região, associada ao evento climático La Niña neste ano – explicam as chuvas intensas e prolongadas. Porém, ambos estão “potencializados" pela maior concentração de calor na atmosfera. O resultado é que está ocorrendo seis vezes a média de precipitações para o período, com as piores chuvas no mês dezembro desde 1989.

 

"A gente costumava estar de olho na Europa, na África, na China, com enchentes extremamente severas, com quebras de recordes de precipitação às vezes concentradas em um único dia. E hoje, lamentavelmente, a bola da vez está conosco”, diz o climatologista. "Não é mais possível falar desse tipo de tragédia, de 21 mortes, 77 mil desabrigados e desalojados, quase meio milhão de pessoas atingidas de alguma forma, sem falar de alteração climática”, afirma.

 

Costa explica que, devido ao aumento do nível dos gases de efeito estufa, houve uma mudança na quantidade de vapor d’água que a atmosfera é capaz de armazenar. "Quanto mais quente o planeta fica, mais difícil é de conseguir chegar na saturação, que inicia o processo de condensação, formação de nuvens etc. Isso leva a taxas de evaporação maiores, induzindo a secas mais severas, e como a atmosfera fica com mais vapor d’água – quase 7% a mais, conforme o mais recente relatório do IPCC –, também temos mais matéria-prima para esse tipo de fenômeno. Não temos mais furacões normais, ZCAS normais. Isso é coisa do passado”, esclarece.

 

“Hoje, os eventos de precipitação intensa estão 30% mais frequentes, globalmente, e cerca de 7% mais intensos. A probabilidade de acontecimentos desse tipo de tragédia cresce muito mais.”

 

A ocorrência desses fenômenos extremos não pode ser evitada, nem barrada. Mas os países, estados e municípios podem e devem se preparar melhor para a ocorrência deles. O Brasil vive um típico caso de adaptação às mudanças climáticas, tão debatidas nas negociações internacionais de clima.

 

O especialista cita como exemplos as ações de recuperação de matas ciliares, cobertura florestal, adaptação das cidades – com menos impermeabilização dos solos – e uma melhor política para as barragens pequenas e médias, suscetíveis a rompimentos, fonte de desastres. Duas já cederam na Bahia, no último domingo (26).

 

Neste sentido, a recente aprovação pelo Congresso do Projeto de Lei relativo à ocupação de Áreas de Preservação Permanente em áreas urbanas (PL 2.510/2019) vai na contramão do que seria necessário para proteger melhor as populações. Ao abrir caminho para construções em zonas hoje protegidas, a lei deixa essas áreas mais vulneráveis a fenômenos extremos como o que assola os baianos.

 

Alexandre Costa ressalta ainda que, devido ao desmatamento, o Brasil se distancia cada vez mais dos seus compromissos internacionais para evitar que a temperatura do planeta não sofra elevações ainda mais graves. "Nós estamos sob emergência climática. Precisamos cortar pela metade as emissões de gases de efeito estufa nesta década e zerar tudo até 2050”, lembra.

 

"A partir de determinados patamares de aquecimento, não haverá adaptação possível. Quando o IPCC (Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas da ONU) fala em 1,5C como um limite administrável, é para manter a sociedade parecida com o que temos hoje. Com 2 graus, será muito difícil e, além disso, será impossível”, destaca o climatologista.

 (msn)

Quinta-feira, 30 de dezembro 2021 às 11:42


 

 

 

29 dezembro, 2021

ELOGIOS DE HANG E JANAINA PASCHOAL A MORO IRRITAM BOLSONARISTAS

Deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP)
 

A artilharia disparada entre Jair Bolsonaro (PL) e seu ex-ministro Sergio Moro (Podemos) não foi capaz de tirar algumas figuras relevantes da direita do meio do campo. No último mês, quando se consolidou a pré-candidatura do ex-juiz ao Planalto, o empresário Luciano Hang e a deputada estadual Janaina Paschoal (PSL-SP) despertaram irritação na base do presidente ao elogiarem Moro.

 

Janaina afirmou nesta terça-feira em seu Twitter confiar na “correção de Sergio Moro” e que “ninguém pode desmerecer o serviço que ele prestou à nação”. Moro foi juiz dos processos da Operação Lava-Jato entre 2014 e 2018, quando deixou a magistratura para ser ministro de Bolsonaro. Naquele ano, determinou a prisão do ex-presidente Lula, que aparecia em primeiro lugar nas pesquisas eleitorais para a sucessão de Michel Temer (MDB).

 

Uma das responsáveis pelo pedido de impeachment que derrubou Dilma Rousseff (PT) da Presidência em 2016, Janaina afirmou que Moro está sendo perseguido e que ela não pode "compactuar com injustiças". Em seguida, escreveu, em tom de alerta, que "bater muito em Moro viabiliza (a candidatura de João) Doria".

 

A série de tuítes provocou irritação nos seguidores da deputada que preferiam vê-la exclusivamente no palanque de Bolsonaro. Ela esteva, inclusive, na bolsa de apostas para vice do atual presidente em 2018. Apesar de se posicionar na Assembleia Legislativa de São Paulo de forma independente em relação ao governo federal, o que em outros casos é considerado por parte da militância postura imperdoável, a deputada tem conseguido se equilibrar entre o "morde e assopra", com críticas e defesas ao governo Bolsonaro.

 

O nome de Janaina é ventilado para uma possível candidatura ao Senado pelo PL, atual partido de Bolsonaro, o que abriria palanque ao presidente em São Paulo, estado onde ele enfrenta problemas para viabilizar candidatos bolsonaristas competitivos. O presidente vem defendendo o nome de Tarcísio de Freitas, ministro da Infraestrutura, para disputar a eleição ao Palácio dos Bandeirantes, mas Tarcísio sofre com o desconhecimento por parte do eleitorado paulista.

 

Outro que despertou a ira de seus seguidores ao acenar a Moro foi o empresário Luciano Hang. O dono das Lojas Havan compartilhou em 16 de dezembro um vídeo em que Moro rebate declarações feitas por Lula segundo as quais a Lava-Jato “quebrou a Petrobras”.

 

“A lava-Jato mostrou a corrupção instalada nas empresas públicas, durante o governo do PT. Parabéns Moro (@SF_Moro) por se posicionar contra as mentiras faladas pelo Lula”, publicou Hang.

 

Fervoroso apoiador de Bolsonaro, o empresário foi atacado por bolsonaristas que julgaram a publicação como traição. "Ou você é bolsonarista ou é morista. Os dois não dá", comentou uma seguidora. O tuíte atraiu 4,5 mil comentários, predominantemente em tom de crítica, mas Hang manteve a publicação no ar.

 

A mensagem de apoio a Moro chamou a atenção por conta do grau de alinhamento de Hang ao presidente. Após a eleição em 2018, ele passou a se vestir com as cores da bandeira do Brasil em apoio a Bolsonaro, e é figurinha carimbada em agendas presidenciais.

 

A relação entre Hang e a família Bolsonaro é estreita. O catarinense é acusado pela CPI da Covid, por exemplo, de financiar um blogueiro envolvido com disseminação de fake news, Allan dos Santos, com ajuda do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Durante seu depoimento à comissão no Senado, em setembro, Hang teve a audiência e o apoio do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do presidente.

 

O projeto eleitoral de Moro, impulsionado com sua filiação ao Podemos, no mês passado, conseguiu atrair outras figuras que antes estavam com Bolsonaro, como o roqueiro Nando Moura, o ex-deputado federal Xico Graziano, o ex-chefe da Secretaria do Governo general Santos Cruz e lideranças do Movimento Brasil Livre (MBL) — todos rompidos com o presidente ao longo dos últimos três anos de governo.

*Agência O Globo

Quarta-feira, 29 de dezembro 2021 às 12:27

28 dezembro, 2021

MINISTRO DO TCU MANDA CONSULTORIA ENTREGAR DOCUMENTOS SOBRE HONORÁRIOS DE MORO

O ministro Bruno Dantas, do Tribunal de Contas da União, determinou que a consultoria americana Alvarez & Marsal apresente os documentos ligados à saída do ex-juiz Sérgio Moro (Podemos) da empresa em outubro, quando o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública se lançou na política. O ministro quer informações sobre os valores pagos ao presidenciável, incluindo as datas das transações.

 

O despacho foi assinado no último dia 17, e ainda pede que a empresa, “a título colaborativo” informe o número de processos de recuperação em que atuou como administradora judicial desde 2013, detalhando quais empresas estavam em processo de recuperação, perante a quais varas da Justiça, além dos valores de honorários arbitrados pelos respectivos juízos.

 

Dantas acolheu pedido do subprocurador-geral Lucas Rocha Furtado, que quer apurar possíveis “prejuízos aos cofres públicos pelas operações supostamente ilegais dos membros da Lava Jato de Curitiba e do ex-juiz Sérgio Moro, afetando a empresa Odebrecht mediante práticas ilegítimas de revolving door” – movimentação em que políticos ou servidores se tornam lobistas ou consultores na área em que atuavam -, e lawfare, “conduzido contra pessoas investigadas nas operações” da força-tarefa.

 

Em ofício encaminhado ao gabinete do ministro do TCU no último dia 10, Furtado diz que “se avaliam questões relativas a possíveis conflitos de interesse, favorecimentos, manipulação e troca de favores entre agentes públicos e organizações privadas”.

 

Moro foi contratado pela Alvarez & Marsal após pedir demissão do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) acusando o presidente da República, Jair Bolsonaro, de suposta tentativa de interferência política na Polícia Federal – tema de inquérito que tramita junto ao Supremo Tribunal Federal.

 

O ex-aliado do chefe do Executivo, que deixou a magistratura para comandar o MJSP, se mudou para os Estados Unidos para área de ‘Disputas e Investigações’ da consultoria americana.

 

A A&M fornece serviços de consultoria, aprimoramento de desempenho de negócios e gestão de recuperação e atua, por exemplo, no processo de recuperação da Odebrecht – empreiteira que celebrou acordo de leniência com a Lava Jato e viu 77 de seus executivos fecharem delações premiadas, inclusive o patriarca Emílio Odebrecht e seu filho Marcelo Odebrecht, que foi condenado por Moro em diferentes ações penais.

 

Em seu perfil no Twitter, o ex-juiz da Lava Jato afirmou que “deixou o serviço público e trabalhou honestamente no setor privado para sustentar minha família”. “Nunca paguei ou recebi propina, fiz rachadinha ou comprei mansões”, escreveu. “Não enriqueci no setor público e nem no privado. Não atuei em casos de conflito de interesses. Repudio as insinuações levianas do Procurador do TCU a meu respeito e lamento que o órgão seja utilizado dessa forma”, completou ainda o ex-juiz.

*Estadão Conteúdo

Terça-feira, 28 de dezembro 2021 às 17:23