Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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31 março, 2021

COMITÊ QUER TRANSPARÊNCIA NA COBERTURA VACINAL

O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira, cobrou quarta-feira (31/3) que governadores e prefeitos melhorem a gestão da informação para transmitir com mais precisão a quantidade de vacinas contra covid-19 que já foram ofertadas à população. “A nossa solicitação é que o Ministério da Saúde forme, urgentemente, um grupo mais rígido de controle desses dados”, disse após a primeira reunião do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da Covid-19, no Palácio do Planalto.

 

De acordo com ele, o Ministério da Saúde já distribuiu 34 milhões de doses, mas no sistema de informação oficial constam apenas 18 milhões de doses aplicadas.

 

“Eu não acredito, não acho que seja possível, que nenhum governador e prefeito não estejam vacinando”, disse Lira. “Eu não acredito em hipótese alguma que há algum tipo de má vontade ou má-fé nisso. Pelo contrário, é o atabalhoamento dessa crise ou a burocracia de informação por parte de governos estaduais e municipais sobre o retorno dessas vacinas que foram enviadas”, completou.

 

Segundo o deputado, os dados são importantes para a avaliação nacional da cobertura vacinal e para o planejamento das ações de abastecimento dos estoques locais. “Informação nesse período é tudo, é onde nós centralizaremos todas as ações para sejam feitas sempre com a maior amplitude de positividade de cobertura vacinal da população. Nosso problema é vacinar e esse é o foco”,

 

Além disso, Lira informou que começa hoje na Câmara a discussão de um projeto para autorizar a iniciativa privada a adquirir vacinas. De acordo com a Lei nº 14.125/21, pessoas jurídicas de direito privado, como empresas, podem comprar imunizantes para serem integralmente doadas ao Sistema Público de Saúde (SUS), até que estiver em curso a vacinação dos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde. Após a conclusão dessa etapa, o setor privado poderá ficar com metade das vacinas comprada desde que as doses sejam aplicadas gratuitamente; a outra metade deverá ser remetida ao SUS.

 

Algumas regras, entretanto, deverão ser modificadas pelos parlamentares para que os empresários possam vacinar seus funcionários e, segundo Lira, “manter seus negócios de pé”. Nesse caso, uma parte poderia ser remetida aos SUS ou para as famílias dos trabalhadores.

 

“Não há conflito de interesses, o Ministério da Saúde já tem contratualidade mais de 500 milhões de doses. A iniciativa privada, nesse momento, talvez possa ter mais agilidade por outros caminhos que possam trazer outras vacinas para o Brasil. E qualquer brasileiro vacinado é um a menos na estatística que pode correr risco de contrair o vírus”, argumentou o presidente da Câmara.

 

Além disso, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, pediu ao presidente Jair Bolsonaro a sanção do projeto de criação do programa Pró-Leitos, aprovado ontem pelos senadores. A medida prevê a possibilidade do setor privado, pessoas jurídicas e físicas, contratar leitos de hospitais privados para uso do SUS no tratamento da covid-19. Em troca, essas empresas e pessoas teriam isenção no Imposto de Renda.

 

O comitê, que se reuniu hoje pela primeira vez, é composto pelos presidentes da República, do Senado Federal e da Câmara dos Deputados e, na condição de observador, por um representante do Judiciário. Também participaram da reunião, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga e representantes do Ministério Público e dos ministérios das Comunicações e da Ciência, Tecnologia e Inovações. “Mas todos com a consciência de que a grande responsabilidade de coordenação técnica é do ministro da Saúde. Essa coordenação submetida e subjugada à medicina, à ciência e aos critérios de administração pública”, disse Pacheco.

 

O senador também transmitiu ao presidente Bolsonaro, as reflexões, impressões e reivindicações dos governadores dos estados e Distrito Federal para o enfrentamento da pandemia de covid-19. Coube a ele, na composição do comitê, fazer essa interlocução. Entre as sugestões, estão a atualização do Programa Nacional de Imunizações (PNI) para priorizar a vacinação de agentes de segurança pública e professores e a centralização da entrega de equipamentos e insumos de saúde às secretarias estaduais.

 

De acordo com Pacheco, também foi discutido o alinhamento da comunicação social do governo federal, da assessoria de imprensa do presidente da República, no sentido de haver uniformização do discurso. “De que é necessário se vacinar, usar máscara, higienizar as mãos e o distanciamento social, de modo a prevenirmos o aumento da doença no país”, disse o senador.

 

No mesmo sentido, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, alertou para o comportamento da sociedade brasileira no próximo feriado, da Páscoa. “Nos grandes feriados há possibilidade de aglomerações desnecessárias. As pessoas devem observar o uso da máscara e o distanciamento entre si para que essa doença não se transmita na velocidade quem vem se transmitindo. Medidas extremas nunca são bem vistas e têm dificuldade de adesão, então, vamos fazer cada um a sua parte”, disse.

 

De acordo com Queiroga, o ministério está em tratativas adiantadas com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) e autoridades dos Estados Unidos para garantir o suprimento de insumos e equipamentos necessários ao tratamento de pacientes com covid-19, em especial do chamado kit intubação. “Estamos monitorando os estoques da indústria a fim de garantir que haja distribuição homogênea entre a saúde pública e a saúde suplementar”, explicou.

 

O mesmo ocorre em relação ao oxigênio, segundo ele. Nesse sentido, as conversas acontecem com representantes da indústria para garantir a produção de oxigênio medicinal e o abastecimento em locais mais remotos.

 

O Ministério da Saúde quer ainda disciplinar as medidas sanitárias no transporte público, para que sejam locais de menor potencial de contaminação.

 

E, por fim, a pasta instalará uma secretaria extraordinária de enfrentamento à pandemia, que contará com especialistas de diversas áreas e sociedades científicas, além de consultores do próprio ministério. Segundo Queiroga, ele já reuniu com professores da faculdade de medicina da Universidade de São Paulo (USP), que estão colaborando na elaboração de protocolos para otimizar a assistência de pacientes em estado grave. (ABr)

Quarta-feira,31 de março, 2021 ás 16:45


 

30 março, 2021

CHEFE DA OMS DIZ QUE CHINA OCULTOU DADOS SOBRE ORIGENS DA COVID-19

O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, denunciou terça-feira (30/3) que a China ocultou dados sobre a origem da Covid-19. O chefe da OMS explicou que os pesquisadores de uma missão internacional que foi ao país para investigar as origens do Sars-CoV-2, entre janeiro e fevereiro, tiveram o seu trabalho dificultado pela falta de dados.

 

Tedros Adhanom Ghebreyesus pediu mais estudos e fez duras críticas ao governo chinês. "Em minhas discussões com a equipe, eles expressaram as dificuldades que encontraram para acessar os dados brutos", disse Tedros. "Espero que futuros estudos colaborativos incluam um compartilhamento de dados mais oportuno e abrangente", acrescentou.

 

De acordo com a missão de especialistas, que durou 27 dias em Wuhan, a hipótese mais provável é que a de que o vírus tenha sido transmitido de morcegos para um animal intermediário e deste para o homem. Apesar disso, a entidade afirmou nesta terça que outras teorias não podem ser descartadas e pediu estudos mais aprofundados.

 

"No que diz respeito à OMS, todas as hipóteses permanecem em jogo. Este relatório é um começo muito importante, mas não é o fim. Ainda não encontramos a fonte do vírus e devemos continuar seguindo a ciência e não deixar pedra sobre pedra", disse Tedros, lembrando que encontrar a origem de um vírus leva tempo.

 

"Devemos isso ao mundo para que possamos tomar medidas coletivas para reduzir o risco de que aconteça novamente. Espero que novos estudos colaborativos estejam baseados em compartilhar os dados de uma forma mais ampla e rápida", ressaltou o chefe da OMS.

 

Fonte: Saúde – iG

Terça-feira,30 de março, 2021 ás 18:00 


 

26 março, 2021

BUTANTAN DESENVOLVE A PRIMEIRA VACINA NACIONAL CONTRA COVID-19


 

O Instituto Butantan anunciou sexta-feira (26/3) que começou a desenvolver a produção-piloto da primeira vacina brasileira contra o novo coronavírus. A expectativa é que os ensaios clínicos de fases 1 e 2 em humanos comecem em abril, o que ainda precisa de autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

 

Chamada de ButanVac, essa seria uma vacina desenvolvida e produzida integralmente no Butantan, sem necessidade de importação do Insumo Farmacêutico Ativo (IFA). Segundo o governo, os resultados dos testes pré-clínicos realizados com animais se mostraram “promissores”, o que permitiria evoluir para estudos clínicos em humanos.

 

A produção-piloto do composto já foi finalizada para aplicação em voluntários humanos durante os testes. Os resultados da pesquisa clínica em humanos vão determinar se a vacina é segura e tem resposta imune capaz de prevenir a covid-19.

 

“Este é um anúncio histórico para o Brasil e para o mundo. A ButanVac é a primeira vacina 100% nacional, integralmente desenvolvida e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, que é um orgulho do Brasil. São 120 anos de existência, o maior produtor de vacinas do Hemisfério Sul, do Brasil e da América Latina e agora se colocando internacionalmente como um produtor de vacina contra a covid-19”, disse o governador de São Paulo, João Doria.

 

Para a produção da vacina, o instituto deverá usar tecnologia já disponível em sua fábrica de vacinas contra a gripe, a partir do cultivo de cepas em ovos de galinha, que gera doses de vacinas inativadas, feitas com fragmentos de vírus mortos.

 

A iniciativa do novo imunizante faz parte de um consórcio internacional do qual o Instituto Butantan é o principal produtor, responsável por 85% da capacidade total, de acordo com o governo do estado, e tem o compromisso de fornecer a vacina ao Brasil e aos países de baixa e média renda.

 

Diretor-presidente do Butantan, Dimas Covas, avaliou que a tecnologia utilizada na ButanVac é uma forma de aproveitar o conhecimento adquirido no desenvolvimento da CoronaVac, vacina desenvolvida em parceria com a biofarmacêutica Sinovac, já disponível para a população brasileira.

 

“Entendemos a necessidade de ampliar a capacidade de produção de vacinas contra o coronavírus e da urgência do Brasil e de outros países em desenvolvimento de receberem o produto de uma instituição com a credibilidade do Butantan. Em razão do panorama global, abrimos o leque de opções para oferecer aos governos mais uma forma de contribuir no controle da pandemia no país e no mundo”, disse Covas. Segundo ele, a parceria com a Sinovac será mantida e não haverá nenhuma alteração no cronograma dos insumos vindos da China.

 

A previsão do diretor-presidente do Butantan é que será possível entregar a vacina brasileira ainda este ano. “Após o final da produção da vacina contra Influenza, em maio, poderemos iniciar imediatamente a produção da ButanVac. Atualmente, nossa fábrica envasa a Influenza e a CoronaVac. Estamos em pleno vapor”, disse.

 

A tecnologia da ButanVac utiliza um vetor viral que contém a proteína Spike do coronavírus de forma íntegra. O vírus utilizado como vetor nesta vacina é o da Doença de Newcastle, uma infecção que afeta aves. Por isso, o vírus se desenvolve bem em ovos embrionados, o que permite eficiência produtiva em um processo similar ao utilizado na vacina de influenza, conforme divulgou o Butantan e o governo estadual.

 

“O vírus da doença de Newcastle não causa sintomas em seres humanos, constituindo-se como alternativa muito segura na produção. O vírus é inativado para a formulação da vacina, facilitando sua estabilidade e deixando o imunizante ainda mais seguro”, diz Butantan. (ABr)

Sexta-feira,26 de março, 2021 ás 13:00