Convenções
partidárias realizadas sábado (4/8), em São Paulo, Curitiba e Brasília
oficializaram mais seis nomes na disputa pela Presidência da República: o
senador Alvaro Dias (Podemos-PR), o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin
(PSDB), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a ex-ministra e
ex-senadora Marina Silva (Rede), o empresário João Amoêdo (Novo) e o deputado
federal Cabo Daciolo (Patriota).
Aprovados
pelos delegados de cada legenda, os nomes se juntam a Ciro Gomes (PDT), Jair
Bolsonaro (PSL), Henrique Meirelles (MDB), Manuela D’Ávila (PCdoB), Guilherme
Boulos (PSOL) e Vera Lúcia (PSTU), que já haviam sido oficializados como
postulantes ao Palácio do Planalto.
Com 288
votos favoráveis e um contrário à sua candidatura no diretório nacional do
PSDB, Geraldo Alckmin chegou ao evento do partido, em um centro de convenções
em Brasília, depois de participar das convenções de duas legendas aliadas, PPS
e PR. Ao discursar, ao final da convenção tucana, ele exaltou a vice escolhida
para sua chapa, a senadora Ana Amélia (PP-RS), confirmada na última
quinta-feira na vaga, e disse que ela representa o “novo” na política.
A
parlamentar também estava na convenção e, em sua fala, acenou ao agronegócio,
setor da economia com o qual tem proximidade, defendendo a flexibilização do
porte de armas no campo.
Na
convenção petista, em São Paulo, que aprovou a candidatura do ex-presidente
Lula, passou a ser aventada a possibilidade de um dos advogados dele ser
indicado como vice em sua chapa. A estratégia seria designar alguém que possa
ser trocado mais à frente sem causar problemas e, assim, cumprir o prazo limite
determinado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que vence na próxima
segunda-feira, 6, evitando possíveis questionamentos de impugnação.
Uma carta
do ex-presidente Lula foi lida no fim da convenção nacional do PT que confirmou
a sua candidatura à Presidência da República. Para que não houvesse nenhuma
especulação sobre o possível escolhido de Lula para concorrer no seu lugar,
caso ele não possa disputar por ser ficha suja, o texto foi lido pelo ator
Sérgio Mamberti.
“Hoje
nosso país está sendo vendido – a Petrobras, a Eletrobras, os bancos públicos.
A nossa política externa voltou a ser ditada pelo governo norteamericano”,
escreveu Lula na carta.
Enquanto
isso, o PT tenta convencer Manuela D’Avila (PCdoB) ou Ciro Gomes (PDT), ambos
presidenciáveis, a abrirem mão de suas candidaturas e aderirem à chapa petista.
Condenado em segunda instância, preso e enquadrado na Lei da Ficha Limpa, Lula
deve ter o registro de candidato negado pelo TSE. Caberá ao PT, então, nomear
um “plano B”. O nome mais cotado no momento é o do ex-prefeito de São Paulo
Fernando Haddad.
Lançada
como candidata por aclamação na convenção da Rede, em Brasília, ao lado do
vice, Eduardo Jorge (PV), Marina Silva usou seu discurso para atacar a aliança
entre Geraldo Alckmin e o Centrão, mencionando “projetos de poder pelo poder”.
Ela defendeu ainda a necessidade de reformas da Previdência, tributária e
também política.
Evangélica,
Marina afirmou que ao longo dos 16 anos em que esteve na função de senadora não
“existe uma prática política que atente contra o Estado laico”. Ela também
desacreditou previsões que apontam desidratação de sua campanha e defendeu que
a candidatura dela e de Eduardo Jorge é viável.
Na
convenção do Podemos, em Curitiba, Alvaro Dias anunciou que pretende convidar o
juiz federal Sergio Moro, responsável pelos processos da Operação Lava Jato em
Curitiba, para ser seu ministro da Justiça. O senador afirmou ainda que a
divisão a ser feita no Brasil não é entre extrema esquerda e extrema direita,
mas sim entre “honestos” e “ladrões”.
“O muro de
Berlim já caiu. O muro que queremos separando os brasileiros de bem dos
bandidos é o de Pinhais”, disse o presidenciável, em referência ao Complexo
Médico de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, onde estão detidos os
alvos da Lava Jato. (VEJA online)
Sábado,
4 de agosto, 2018 ás 14:00
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