Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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23 novembro, 2023

FIM DO BLUETOOTH? TECNOLOGIA INOVADORA PARA TRANSMITIR DADOS É INVENTADA POR CIENTISTAS

 


Pesquisadores da Universidade de Sussex, no Reio Unido, desenvolveram uma tecnologia mais eficiente, em termos energéticos, para transmitir dados.

 

A descoberta pode potencialmente substituir o Bluetooth, porque ela envolve uma maneira mais efetiva de conectar dispositivos e melhorar a vida útil da bateria.

 

Os pesquisadores Robert Prance e Daniel Roggen desenvolveram o uso de ondas elétricas, em contraponto às ondas eletromagnéticas, para criar uma forma de transmissão de dados de baixa potência a curta distância, mantendo ao mesmo tempo o alto rendimento necessário para aplicações multimídia.

 

Bluetooth, Wifi e 5G dependem atualmente de modulação eletromagnética, uma forma de tecnologia sem fio desenvolvida há mais de 125 anos. Por outro lado, a modulação de campo elétrico utiliza ondas elétricas de curto alcance, que consomem muito menos energia que o Bluetooth.

 

Daniel Roggen, professor de Engenharia e Design da Universidade de Sussex, avalia que não precisamos mais depender da modulação eletromagnética, que exige inerentemente muita bateria.

 

“Podemos melhorar a vida útil da bateria da tecnologia, por exemplo, usando modulação de campo elétrico em vez de Bluetooth. Esta solução não só tornará as nossas vidas muito mais eficientes, como também abrirá novas oportunidades para interagir com dispositivos em casas inteligentes”, diz em comunicado.

 

Como tendemos a estar próximos de nossos dispositivos, a pesquisa concluiu que a modulação de campo elétrico oferece um método comprovado e mais eficiente de conectar nossos dispositivos, permitindo maior duração da bateria ao transmitir música para fones de ouvido, atender chamadas, usar rastreadores de fitness ou interagir com dispositivos domésticos.

 

O desenvolvimento dessa tecnologia poderia mudar a maneira como usamos nossos dispositivos na vida cotidiana e também desenvolver uma ampla gama de aplicações futurísticas, aponta o estudo.

 

Por exemplo, uma pulseira que utilize a nova tecnologia poderia permitir a troca de números de telefone simplesmente com um aperto de mão ou uma porta poderia ser destrancada apenas com um toque na maçaneta.

 

Além disso, essa tecnologia também é de baixo custo, o que significa que pode ser implementada na sociedade de forma rápida e fácil.

 

“Se fosse produzido em massa, a solução poderia ser miniaturizada em um único chip e custar apenas alguns centavos por dispositivo, o que significa que poderia ser usada em todos os dispositivos em um futuro não muito distante”, diz o professor Daniel Roggen.

 

Os pesquisadores da Universidade de Sussex procuram agora parcerias industriais para ajudar a miniaturizar ainda mais a tecnologia para dispositivos pessoais.

 

*CNN Brasil

Quinta-feira, 23 de novembro 2023 às 13:59


     

11 novembro, 2023

DISPOSITIVO QUE PODE APOSENTAR O CELULAR É LANÇADO COM TECNOLOGIA DA OPENAI



Após muita especulação sobre o futuro dos gadgets alimentados por IA, uma empresa chamada Humane lançou um deles: o Ai Pin.

 

O dispositivo atende por comando de voz e pode se dividir em dois: um quadrado e uma bateria que se prende magneticamente às roupas e outras superfícies. Saiba mais sobre a novidade.

 

Como é o vestível alimentado por IA?

 

O AI Pin possui um processador Snapdragon (embora o modelo exato ainda não tenha sido revelado).

Diferente de um celular comum, ele é controlado com uma combinação de controle de voz, câmera, gestos e um pequeno projetor embutido.

O Pin em si pesa cerca de 34 gramas, já a bateria adiciona outros 20 gramas.

A câmera embutida tira fotos de 13 megapixels e também captura vídeo.

O usuário pode ativá-lo manualmente tocando ou arrastando no seu touchpad.

 

A principal função do Pin é conectar-se a modelos de IA por meio de um software que a empresa chama de AI Mic. O comunicado de imprensa da Humane menciona compatibilidade com modelos da Microsoft e OpenAI (ChatGPT).

 

Rumores anteriores sugeriram que o Pin era alimentado principalmente por GPT-4. O aparelho roda um sistema operacional chamado Cosmos e atende os comandos do usuário sem precisar baixar e instalar aplicativos.

 

Sendo assim, como visto nas imagens, ele não tem uma tela inicial nem muitas configurações para ajustar. A ideia é que você possa simplesmente falar ou tocar no Pin, dizer o que deseja fazer ou saber, e isso acontecerá automaticamente.

 

O que o Pin pode fazer

 

O gadget envia mensagens e faz chamadas de voz.

Pode resumir sua caixa de entrada de e-mail.

Obter informações nutricionais quando o usuário aponta algum alimento para a câmera.

Tradução e buscas em tempo real.

 

A empresa deve adicionar recursos de navegação e compras, e planeja dar aos desenvolvedores maneiras de criar suas próprias ferramentas.

 

No fim, a Humane espera que o seu dispositivo evolua da mesma forma que o smartphone, melhorando a experiência do usuário ao longo do tempo.

 

Quando chega e quanto custa?

A novidade foi apresentada nesta quinta-feira (9) e custará US$ 699 no varejo americano (pouco mais de R$ 3,4 mil na cotação atual).

 

Além do preço, há também uma taxa mensal de assinatura de US$ 24 que oferece um número de telefone e cobertura de dados através da rede da operadora T-Mobile.

 

A empresa disse ao Wired que o dispositivo começará a ser comercializado no início de 2024. A pré-venda deve começar já na próxima quinta-feira, 16 de novembro.

 

*Olhar Digital.

Sábado, 11 de novembro 2023 às 12:07


   

 

09 novembro, 2023

PLANTA CONFUNDIDA COM MATO TEM MAIS NUTRIENTES DO QUE MUITOS VEGETAIS FAMOSOS


Exuberante, não só pelo tamanho – a planta pode atingir 2 metros de altura e suas folhas chegam a 80 centímetros de comprimento e 60 centímetros de largura –, a taioba também esbanja nutrientes. “Contém três vezes mais ferro do que os brócolis e seu teor de vitamina A é equivalente ao da cenoura”, compara a nutricionista Suzana Camacho Lima, coordenadora da pós-graduação de Nutrição e Gastronomia do Senac EAD.

 

Ainda no confronto com as hortaliças, oferece o dobro de magnésio e de fibras em relação à couve e duas vezes a quantidade de fósforo do espinafre. “E é rica em compostos fenólicos”, completa a nutricionista Vanderlí Marchiori, da Associação Brasileira de Fitoterapia (ABFIT). Trata-se de um grupo de substâncias festejado pela atuação anti-inflamatória, antioxidante e por aparecer em estudos como protetor das artérias.

 

Quanto aos outros nutrientes mencionados, sobre o magnésio há indícios de seu papel no humor. Já a vitamina A é grande aliada da saúde dos olhos, o fósforo integra os ossos e as fibras zelam pela microbiota intestinal, com impactos positivos ao sistema imune.

 

“O ferro, por sua vez, regula diversas reações bioquímicas no nosso organismo e tem funções essenciais no combate à anemia, daí a importância às mulheres que menstruam”, destaca Vanderlí.

 

Com essa lista de atributos, não há dúvida de que a taioba merece um espaço no cardápio. “Assim como outras PANCs, as plantas alimentícias não convencionais, ela tem sido resgatada nos últimos tempos e aparece até no menu de alguns restaurantes de grandes cidades”, comenta Vanderlí. Embora dê as caras em estabelecimentos diferenciados e feiras de orgânicos, nem sempre é fácil encontrá-la em hortifrútis e supermercados.

 

O vegetal grandalhão e nutritivo pode estar escondido em meio a outros, em algum jardim, praça, terreno se passando por “mato” ou cumprindo papel ornamental.

 

Nativo da América do Sul, gosta de clima quente, chuvoso e surge naturalmente em vários pontos do nosso litoral, além de certas cidades no interior de Minas Gerais e de Goiás. Faz parte da família Arácea, que conta com integrantes como o antúrio, o taro (um tipo de inhame ou cará) e a taioba-brava, que não é comestível. Todos são bem parecidos, o que pode desencadear confusões.

 

Inclusive, há quem aponte equívocos e informações desencontradas como as responsáveis por tirar a taioba do prato de muita gente, muito pelo medo de envenenamento.

 

“As avós sabiam diferenciar”, diz Suzana, que reforça a necessidade de recuperar essas tradições alimentares. “É preciso viabilizar os conhecimentos antigos, trazer para as novas gerações, ampliando, assim, as opções à mesa”, defende.

 

Algumas pistas podem ajudar na distinção das variedades. “A espécie tóxica, a brava, tem o talo arroxeado”, sinaliza Suzana.

 

Já a chamada taioba-mansa, ou verdadeira, apresenta haste verde. A folha, com formato que lembra um coração, é toda contornada por uma linha fina, que, inclusive, serve de adorno. Outro detalhe é que o talo – ou pecíolo como ensinam os botânicos – deve estar inserido justamente na base, onde as duas “orelhas” se juntam.

 

Para os que não têm a menor familiaridade, o melhor é pedir ajuda especializada para passar longe de riscos.

Tem taioba na cozinha

 

E, ainda que seja a mansa, vale uma dose de cautela na hora do consumo. “O vegetal precisa passar por branqueamento”, ensina Vanderlí. Isso ajuda a reduzir o ácido oxálico, substância que causa irritação na mucosa da garganta, provocando coceira e até, quando há excesso, a sensação de asfixia.

 

Nessa técnica culinária, as folhas devem ser colocadas na água fervente, por alguns minutos. Depois é só escorrer e mergulhar em água gelada para o choque térmico.

 

Antes de iniciar esse processo de levar ao fogo, há quem recomende excluir as nervuras que desenham toda a superfície da planta, isso porque elas costumam acumular o tal composto. Dá para retirar com as mãos mesmo ou com auxílio de uma faca.

 

Na hora de levar à mesa, é só usar a criatividade. Para muita gente, o sabor da taioba está entre a couve e o espinafre, assim pode ser empregada da mesma maneira.

Desde o refogado do dia a dia até preparações mais elaboradas”, diz Suzana. Fica perfeita no recheio de massas, caso do ravióli e do torteli, em quiches, tortas. Combina com a carne de porco e junto de angu forma pratos com o sabor da culinária caipira. “Enriquece o arroz e a farofa também”, exemplifica.

 

Vanderlí sugere congelar as folhas, depois de branqueadas, claro, e usar para preparar sucos. “Vale acrescentar laranja ou acerola, que são ricas em vitamina C, numa estratégia que contribui para o aproveitamento do ferro”, ensina.

 

Alguns cozinheiros gostam de incluir ainda o talo da taioba nas receitas, nesse caso, a sugestão é retirar primeiro a película que o envolve, já que tende a ser bastante fibrosa. E aqui, também é fundamental que fique bem cozido, justamente pela concentração de ácido oxálico.

 

“O importante é mostrar o caminho de volta à cozinha, estimular o preparo das refeições, mas claro, com um olhar atento ao cotidiano de cada um, tem que encaixar no dia a dia”, afirma Suzana.

 

A professora ressalta que quanto maior o conhecimento e o interesse sobre as PANCs, maiores as chances de aumento no cultivo e produção. “Precisamos valorizar a diversidade brasileira, a regionalidade, o que torna o cardápio mais nutritivo, fresco e saboroso”, diz.

 

*Estadão

Quinta-feira, 09 de novembro 2023 às 11:28