Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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29 maio, 2014

RONALDO SOBRE VÂNDALOS EM MANIFESTAÇÕES: “TEM QUE BAIXAR O CACETE”



Ex-atacante afirmou que protestos são válidos, mas pediu repressão contra vândalos em protestos. 

Integrante do Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo, o ex-jogador Ronaldo participou de uma sabatina, promovida pelo jornal Folha de S. Paulo, na quinta-feira (29/5). Sem titubear, o Fenômeno respondeu a todas questões que lhe foram propostas e discursou com firmeza sobre pontos delicados que envolvem o Mundial, como o superfaturamento de estádios e as manifestações.

“Os protestos são sempre válidos. O povo tem todo o direito de ir às ruas exigir fatores fundamentais para o bom convívio da sociedade. Porém, no momento que aparecem vândalos mascarados, a Polícia tem que agir. Acho que tem que baixar o cacete neles, tirá-los do protesto e prendê-los. A população está em um momento de exigir coisas em vários setores, mas parece que todo mundo acordou sem saber para onde ir”, ressaltou.

Adiante, Ronaldo rechaçou a possibilidade de um terceiro Mundial sediado no Brasil, futuramente: “Na minha visão, a Fifa não vai querer fazer outra Copa aqui. Ela vai ficar traumatizada. Se houve corrupção nas obras, eu não sei. Caso seja provado os superfaturamentos, a culpa é dos órgãos competentes, que não realizaram o controle necessário. Assim, os responsáveis devem ser punidos”, sintetizou.

Porém, quando questionado sobre a possibilidade do hexacampeonato, o Fenômeno mostrou-se esperançoso e traçou um paralelo rápido com o elenco que trouxe o último título mundial: “Temos mais chances de vencer o Mundial do que em 2002. Estamos muito bem e é uma oportunidade de ouro. Temos um plantel equilibrado. O Neymar é um garoto fantástico, uma grande esperança de gols, mas eu poderia ser mais novo e ter uns quilos a menos para ajudar em campo”, completou bem-humorado.

Ainda houve tempo para o maior artilheiro da história das Copas relembrar o atrito envolvendo o atacante Romário, agora Deputado Federal, que disparou contra a estrutura do evento: “Não tenho nenhum comprometimento com ele. Espero que ele cumpra o papel como político assim como estou fazendo a minha parte. Porém, não votaria nele”, finalizou enfaticamente.
 (Fox sportes)

Quinta-feira, 29 de maio,2014.

28 maio, 2014

EDIR PREGA “JEJUM DE COPA” COMO BOICOTE Á GLOBO





Conheço Edir de outros carnavais. Da época em que foi pai de santo, daí a presença de rituais do candomblé na sua igreja do reino dele mesmo. Jesus Cristo é o caminho. Ele, o pedágio. E que pedágio. Deve ter sido fonte de inspiração pro Serra no Governo de São Paulo.

Edir está no ciberespaço com uma mensagem em que pede que, tal qual Jesus, façamos 40 dias  e 40 noites de jejum, só que de TV e rádio e a partir do dia 12, justamente quando começa a Copa. Como a sua “Record” perdeu a parada para a Globo, ele espera que nos solidarizemos com o seu fracasso e esqueçamos o Mundial que acontece aqui.

Como acho que todas as igrejas são embuste, lamento pelas vítimas do seu engodo. Do terreiro, copiou as sessões de “descarrego”,  o exorcismo à sua moda, onde o “descarregamento” é o de tabela:10 por cento. Da Igreja Católica copiou o nome (católico quer dizer universal) e o pãozinho picado distribuído em bandejas, com a similitude da hóstia.

Não tenho nada contra igrejas. E nem a favor. Que eu tenha lido, o Mestre nunca pediu igreja a quem quer que seja.  Pediu amor e fé em Deus e amor ao próximo.

Que eu tenha lido, Jesus disse que Pedro era pedra  por falta de fé e não que ele seria a pedra basilar de igreja alguma. A única vez em que chamou Simão de pedra (Kepha, em aramaico), foi quando o pescador quis imitá-lo, andando sobre as águas e afundou.

 – Kepha. O homem sem fé, ao pisar a água, é tal qual a pedra. Afunda. 

Vão dizer que isso não está nos evangelhos. Depende de qual evangelho. Constantino escolheu quatro, mas há os dos demais . O de Felipe fala em Jesus e Madalena como marido e mulher. O de Tomé ensina que Deus está em todos os lugares e, esteja onde estiver, ali será o seu templo.

Como diz o velho dito, religião não se discute, é questão subjetiva.  Só vim ao tema porque Edir mistura negócios com fé. Fala da ostentação da pioneira vaticana, enquanto curte a sua, produto da fé no bolso dos incautos. 

Ainda sou Mateus, no seu Capítulo 6, 5-13:

Quando orares, não sejas como os hipócritas, que se comprazem em orar em pé nas sinagogas ou nas esquinas das ruas, para serem vistos pelos homens. Tu, quando orares, entra no teu aposento e, fechando a tua porta, ora a teu Pai que está em secreto. Teu Pai, que vê em secreto, te recompensará. Orando, não useis de vãs repetições porque vosso Pai sabe o que vos é necessário antes de vós lho pedirdes. Portanto, vos oreis assim: Pai nosso que está nos céus...”.

Edir, nunca espere pelo meu pedágio.  Não vou jejuar com você. Quero ver a Copa. Jamais serei cúmplice de suas ideias, das coisas de uma igreja que pede boicote à Copa, enquanto a sua TV se dá a estampar fornicações em certa fazenda, à cata de audiência, cópia barata do Big Bordel do Bial.

O patriarca da IURD se faz símile aos arautos do fracasso, aos que, profissionais em “plantar” desesperanças, vivem a alardear o caos, após o Mundial, principalmente se ficarmos sem o título.  A Copa nada tem com isso. Pelo contrário, ela ajudou a gerar milhares de empregos, vai aquecer as economias regionais com dinheiro circulando via indústria do turismo, da hotelaria, da gastronomia.

Concordo com os protestos, mas são tardios os tais. Por que não se opuseram quando Lula defendeu as 12 sedes junto s Blatter? Por que não quebramos o pau, defendendo ali ser mais importante o dinheiro gasto em saúde, em educação, em segurança, em coisas importantes para a vida dos cidadãos?

É muito cômodo, é muito oportunismo político-eleiçoeiro vir protestar depois do dinheiro gasto.  É muita desonestidade torcer pelo “quanto pior, melhor”, como fazem os que querem o poder e não estão nem aí para as coisas do Brasil – os tucanos, principalmente.

Não o Brasil, mas o brasileiro poderá ter dificuldades, sim, por conta do crédito fácil,  que infla, ou seja, aumenta a capacidade de endividamento, o que nada tem a ver com aumento de poder aquisitivo real.

A prudência recomenda cuidado com o uso do dinheiro de plástico e ensina que o bom lugar para se doar o dízimo se chama caderneta de poupança. O outro dízimo, o cristão, está bem explícito no primeiro e no segundo mandamentos. As leis seriam desnecessárias se todos obedecessem com rigor os oito restantes. O Joaquinzão seria desnecessário.

Não, não vou discutir religião. E nem futebol. E nem política. Quanto aos protestos, eu os vejo como tardios. E descarado oportunismo por parte de alguns. Adianta protestar depois do dinheiro torrado? Como diria o amigo e ótimo narrador de futebol José Calazans, depois que a procissão passou, não adianta tirar o chapéu.


Entremos, pois, no clima da Copa. Vamos lá, Felipão! Ripa na chulipa e pimba na gorduchinha! Tia Dilma, cuidado com a inflação, o caminho mais curto para se perder uma eleição.  Alô, oposição, com esses caras aí, você não vai longe não.


Quarta-feira, 28 de maio, 2014.  

26 maio, 2014

ATRASO EM 06 OBRAS DO PAC PROVOCA PERDA DE R$ 28 BILHÕES




A demora do governo em concluir no prazo obras de infraestrutura incluídas no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) causou um prejuízo de R$ 28 bilhões à sociedade, apenas num grupo de seis projetos analisados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). O valor é próximo ao que se estima gastar na realização da Copa.

O estudo procura medir os benefícios que deixaram de ser gerados para o País apenas pela demora. Leva em conta, por exemplo, o que poderia ter sido a produção agropecuária no Nordeste, caso a transposição do São Francisco tivesse ficado pronta no prazo fixado pelo governo.

Ou as receitas de exportação de minérios e grãos que deixaram de ocorrer pelo atraso na construção da Ferrovia de Integração Oeste-Leste (Fiol).

Em todos os casos foi considerado também o custo de oportunidade - o custo do dinheiro público aportado nas obras que ainda não gerou benefícios.

"Se o programa deveria ficar pronto em três anos e sai em seis, isso reduz a produtividade global da economia", diz o diretor de Políticas e Estratégia da CNI, José Augusto Coelho Fernandes.

Ele explica que a dificuldade em administrar megaprojetos não é exclusiva do Brasil. Porém, os prazos estourados tornaram-se praticamente uma regra, o que merece atenção.

A CNI propõe que o próximo governo, seja qual for, intensifique o programa de concessões em infraestrutura. Para Coelho, esse é um campo em que a economia pode aumentar sua produtividade, visto que as reformas trabalhista e tributária demorarão a sair e gerar efeitos.

Sugere, também, iniciativas para melhorar a qualidade dos projetos e para facilitar o licenciamento ambiental.

O estudo faz parte de um conjunto de 43 documentos-propostas que serão entregues aos presidenciáveis em junho, quando a entidade pretende fazer um debate dos candidatos com os industriais.

Foram analisados o aeroporto de Vitória, o principal projeto de esgotamento sanitário em Fortaleza (Bacia do Cocó), a transposição do São Francisco, a Fiol, a duplicação da BR-101 em Santa Catarina e as linhas de transmissão das usinas do Madeira. A maioria dos projetos ainda está em andamento.
Atraso
Das obras selecionadas, a que causou maior prejuízo foi a transposição do São Francisco. Originalmente estava prevista para terminar em junho de 2010 (eixo Leste) e dezembro de 2012 (eixo Norte).

Como isso não ocorreu, o estudo estima quanto deixou de ser produzido pela agropecuária local, já considerando um crescimento proporcionado pela disponibilidade constante de água.

E subtraiu da conta o custo da energia que deixará de ser gerada pela redução do fluxo de água para a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf).

Os economistas da CNI chegaram a um total de R$ 11,7 bilhões de 2010 a 2015. A isso, foram somados R$ 5 bilhões referentes ao custo de oportunidade do dinheiro aplicado na obra, orçada em R$ 8,2 bilhões. A história da transposição segue o roteiro clássico de obra atrasada no País.

Segundo o estudo, foi iniciada em 2005, baseada num projeto pouco detalhado de 2001 - que, evidentemente, estava desatualizado. Seguiram-se vários ajustes.

Para andar mais rápido, foi dividida em 14 subcontratos. Mas o que em tese ia acelerar a construção virou um pesadelo gerencial. A própria presidente Dilma Rousseff reconheceu que o governo subestimou a complexidade do projeto.

O Ministério da Integração Nacional afirma que a licitação da obra, em 2007, passou pelo crivo do Tribunal de Contas da União. Os ajustes ocorrem principalmente porque os canais, que chegam a 477 quilômetros, passam por diferentes tipos de terreno.

Foi necessária, também, a negociação com concessionárias de água e esgoto. Segundo a pasta, a obra será concluída em 2015.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Segunda-feira, 26 de maio, 2014.

25 maio, 2014

O GOVERNO DA ANARQUIA



O povo está descrente. Primeiro, houve a falência do Estado, como agente da ordem e da lei. Traficantes e quadrilhas despacham armas, narcóticos e contrabandos tranquilamente pelas fronteiras terrestres e nos portos brasileiros, desde Belém até Paranaguá. Não temos guarda-marinha. As fronteiras continuam terra de ninguém. A violência tomou conta do país e assola tanto o rico como o pobre, o nacional e o estrangeiro.


Em paralelo, houve a falência do governo, infestado de corruptos e corruptores. Nove ministros foram tirados. Houve o mensalão. Não há como desmerecer o ministro Joaquim Barbosa e a Corte indicada por Lula. Os escândalos na Petrobras deixam a nação estarrecida; 39 ministérios e 33 partidos tornam o pais ingovernável.


Finalmente, há a falência da gestão da casa pública. O Brasil detinha o 11º lugar como país da energia mais cara no início do mandato de Dilma Rousseff. Agora está em 4º lugar, após a derrapada da Medida Provisória nº 579. Dizem que, em 2015, alcançaremos o pódio nesse item. No atual governo, a Petrobras viu suas ações perderem dois terços de valor na Bolsa. No entanto, para se reeleger a presidente segura os reajustes dos preços dos combustíveis. Quando forem soltos, a Petrobras estará descapitalizada e a inflação dará um salto, pois tudo é movido a petróleo, gasolina e diesel.


Está na ordem do dia no Congresso a compra superfaturada da refinaria de Pasadena, nos EUA, mas ela não é nada diante dos cambalachos da refinaria de Pernambuco. A Petrobras deu carta branca para que seu ex-diretor da área de abastecimento Paulo Roberto Costa negociasse a contratação de fornecedores e aditivos para as obras da Refinaria Abreu e Lima e tomasse decisões sem submetê-las ao conselho de administração ou à diretoria da estatal. Essa liberdade, apurou o Valor, significou a aprovação de mais de R$ 6,5 bilhões em contratos e aditivos para a refinaria.


Os fatos começaram com Lula, mas se deram até 2012, já no governo de Dilma. O distanciamento que a alta cúpula da Petrobras mantinha das decisões do conselho da refinaria ficou claro no depoimento do ex-presidente da estatal José Sergio Gabrielli à CPI da Petrobras. Ele minimizou o fato de o conselho ter assinado mais de 150 aditivos. "Não é tanto aditivo. Sabem quantos contratos tem a Refinaria Abreu Lima? 260." É o fim da picada. O estouro do orçamento da construção da Refinaria Abreu e Lima e os indícios de que o negócio fracassaria não impediram que os seus administradores dessem aumento "milionário" para o teto de seus próprios salários no período de Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, que estava preso e acaba de ser solto pelo ministro Teori Zavascki, embora não tenha ele fôro privilegiado por prerrogativa de função. Os demais detidos continuam presos.


A Abreu e Lima se transformou na obra mais cara do Brasil, entre todas do PAC. A presidente da Petrobras, Graça Foster, reconheceu que a companhia cometeu erros na execução das obras da refinaria: "Temos um custo mais alto no custo da refinaria (SIC). Tivemos diversos erros e acertos". A piada são os "acertos". Quais?


Os mais pobres estão cansados da corrupção governamental, das filas no SUS, de gastar três horas para ir e voltar do trabalho, da carestia crescente, da falta de educação, da insegurança de suas vidas, da bagunça generalizada, das ricas obras da Copa. Não há retórica nem marqueteiro que dê jeito nessa situação.


Dias piores virão, após as eleições, seja lá quem for o eleito. No entanto, a má situação atual é o resultado de 12 anos de governo do PT, sem falar na deterioração da infraestrutura do país.


Mas o pior é aterrorizar o povo dizendo que as conquistas do PT, leia-se Bolsa Família, serão desfeitas pela oposição. A tática é meter medo nos miseráveis. Isso é lá partido que se deva prezar, numa democracia madura? Eles temem, em verdade, é a apuração de 12 anos de malfeitos na hipótese de perderem a eleição, algo a que devemos dar a devida atenção.

Sacha Calmon - CORREIO BRAZILIENSE.
Domingo, maio 25, 2014