A senadora
Ana Amélia (PP-RS) aceitou na quinta-feira (2/8), o convite do PSDB para ser
vice na chapa de Geraldo Alckmin à Presidência da República. No entanto, ela
condicionou a decisão a ajustes no palanque no seu estado, o Rio Grande do Sul.
Ela foi convidada pessoalmente por Alckmin, na quarta-feira, em encontro na sua
residência. “A decisão caberá a Alckmin e ao presidente do partido (PP)”,
afirmou, e informou que “entre hoje e amanhã” deve ser feito o anúncio oficial.
Ana Amélia
comuniciou a aceitação do convite ao tucano por telefone.
O comando
do partido avisou a Alckmin que, se ela for a escolhida, será em “cota
individual”, e não entrará na divisão de cargos do partido.
Uma das
questões é a situação no Rio Grande do Sul. Com os novos arranjos, estaria em
jogo o candidato Luis Carlos Heinze (PP) deixar de concorrer ao governo do Rio
Grande do Sul para apoiar o candidato tucano ao cargo, Eduardo Leite. Neste
cenário, Heinze sairia para o senador. Há outras questões também para serem
resolvidas entre os dois partidos.
Alckmin
manifestou mais de uma vez durante a pré-campanha o desejo de ter uma mulher
como vice. Em um evento fechado com empresários em São Paulo ele convidou, em
tom de brincadeira, a empresária Luiza Trajano, dona da rede de varejo Magazine
Luiza, para a vaga.
Ana Amélia
tinha a preferência de Alckmin entre as opções cogitadas nos últimos dias, após
a recusa do empresário Josué Gomes (PR) para a vaga. A senadora tem influência
junto a ruralistas, setor em que o tucano perdeu espaço para o adversário Jair
Bolsonaro (PSL).
Com base
eleitoral no Rio Grande do Sul, a chegada da senadora na chapa também alimenta
expectativas do pré-candidato de melhorar sua performance na Região Sul, que já
foi um reduto seguro de votos para o PSDB, mas neste ano enfrenta a
concorrência de Bolsonaro e do ex-tucano Álvaro Dias, pré-candidato pelo
Podemos. (ABr)
Sexta-feira,
3 de agosto, 2018 ás 11:00
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