Quinta-feira, 31 de março, 2016
Liberdade de expressão
“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”.
Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866
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31 março, 2016
30 março, 2016
NA COMISSÃO DO IMPEACHMENT, JURISTAS ACUSAM DILMA: 'SOBRAM CRIMES DE RESPONSABILIDADE'
Em
sessão tumultuada, os juristas que apresentaram denúncia contra a presidente
Dilma Rousseff prestaram depoimento nesta quarta-feira à comissão do
impeachment. Aos deputados, o ex-ministro da Justiça Miguel Reale Júnior e a
advogada Janaína Paschoal acusaram a presidente da República de recorrer a
expedientes que configuram tanto o crime de responsabilidade quanto crimes
comuns ao maquiar os cofres públicos e fazer promessas durante a campanha
eleitoral que, por causa do déficit fiscal, não poderiam ser cumpridas.
"Crime não é apenas pôr a mão no bolso do outro e tirar dinheiro. Crime
também é eliminar as condições desse país de ter desenvolvimento, cuja base é a
responsabilidade fiscal", disse Reale Júnior.
Os
juristas são autores da denúncia que deu início ao processo de impeachment de
Dilma. O fundador do PT, Hélio Bicudo, também assina o documento. Ele não
compareceu à sessão nesta quarta, mas esteve representado por sua filha, Maria
Lúcia.
Os
autores da ação acusam a presidente de infringir a lei brasileira em ao menos três
momentos: na prática das chamadas pedaladas fiscais, já condenada pelo Tribunal
de Contas da União (TCU), na edição de decretos financeiros sem a autorização
do Congresso, o que é proibido, e no comportamento "omisso-doloso" de
Dilma no episódio do escândalo do petrolão. "Eu tenho visto várias frases
que dizem que impeachment sem crime é golpe. Essa frase é verdade. A questão é
que estamos diante de um quadro que sobram crimes de responsabilidade",
afirmou a advogada Janaína Paschoal.
"Foi
necessário baixar decretos não autorizados, abrindo credito não autorizado,
quando se sabia que o superávit não era real. Foi necessário lançar mão de
pedaladas fiscais porquê do outro lado estava acontecendo uma sangria. Isso
tudo é um conjunto de uma mesma situação que, ao meu ver como eleitora, como
cidadã brasileira, mostra que nós fomos vítimas de um golpe. Para mim, vítima
de golpe fomos nós", continuou Paschoal.
De
forma didática, Reale Júnior comparou as maquiagens feitas no orçamento a um
cheque especial. "As pedaladas fiscais se constituíram num expediente
malicioso por via do qual foi escondido o déficit fiscal que transformaram
despesa em superávit. Falseou-se o superávit primário, falseou-se a existência
de uma capacidade fiscal que o país não tinha", disse o ex-ministro da
Justiça. "É tal como um cheque especial: jogou-se para frente uma imensa
dívida que só com relação às pedaladas fiscais alcançou 40 bilhões de reais.
Essas dívidas não foram registradas. Isso constitui crime de falsidade
ideológica, que é omitir declaração juridicamente importante", continuou,
reforçando que a prática continuou acontecendo em 2015, ou seja, no atual
mandato de Dilma.
"O
que aconteceu é que de repente percebeu-se que o Estado estava falido. E a
consequência foi emissão de títulos e aumento dos juros que tinham sido
artificialmente reduzidos. Esse aumento levou a um processo inflacionário, a
uma redução da atividade econômica, e o que é pior de tudo, levou à expectativa
de mudança (...) à perda da confiança e da credibilidade. Sequestraram a nossa
esperança", continuou Reale Júnior.
Ao
fim das explanações, os juristas foram aplaudidos de pé por deputados
pró-impeachment. Eles ergueram, ainda, cartões vermelhos que carregavam a frase
"impeachment já". Parlamentares governistas, por outro lado, acusaram
os autores de denúncia de transformarem a comissão em um comício político.
Nesta
quinta-feira, será a vez de depoentes ligados ao governo prestarem
esclarecimentos. Participarão da comissão o ministro da Fazenda, Nelson
Barbosa, e o professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro Ricardo Lodi
Ribeiro.
(VEJA)
Quarta-feira,
30 de março, 2016
SEM-VERGONHICE DA DISTRIBUIÇÃO DE CARGOS E A DERROTA DO LOBO
Jaques
Wagner admitiu que o governo está fazendo leilão de cargos para impedir o
impeachment, que ele voltou a chamar de “golpe”
Embora
este seja um governo criminoso, segundo Rodrigo Janot, procurador-geral da
República — que, não obstante, ainda não denunciou a presidente Dilma —, era de
esperar que o governo fosse reagir à decisão do PMDB de deixar o governo.
Ministros ainda resistem, mas parece claro, a esta altura, que os que decidirem
ficar devem deixar a legenda.
O
que vai além da imaginação, mesmo a mais criativa, é que seja Luiz Inácio Lula
da Silva, um homem sem cargo na Esplanada dos Ministérios, a comandar essa
reação. Isso, por si só, é evidente, é um atentando contra a probidade
administrativa. Notem: Lula não foi nomeado nem sequer assessor especial da
presidente Dilma.
Não
obstante, ocupa um quarto de hotel que se tornou local de romaria de
interessados em trocar um voto em favor do impeachment por um ministério ou uma
sinecura qualquer. Afinal, a debandada do PMDB pode abrir ao menos 800 vagas.
Dado o padrão da moralidade nacional, vocês já viram para onde vai isso.
Insisto
neste aspecto e convoco a consciência jurídica da nação, além de chamar no
tento o Ministério Público: É ESCANDALOSAMENTE CLARO QUE ISSO FERE O INCISO V
DO ARTIGO 85 DA CONSTITUIÇÃO. Trata-se de mais um crime de responsabilidade da
presidente Dilma. Aliás, ela os vem acumulando. Já dá para fazer um colar.
Lula
passou o dia de ontem negociando com líderes de PR, PP, PEN, PHS, Pros, PTdoB,
PTN e PSL. Fazia o quê? Negociava cargos, uma função privativa da presidente da
República e de seus ministros. Mas ela preferiu deixar isso sob a
responsabilidade de um homem investigado, a quem, segundo Janot, ela tentou
fazer ministro para obstruir a Justiça. Cadê a denúncia, sr. procurador-geral?
E
não pensem que o governo está tentando esconder a nobre tarefa de Lula. Sem
medo do ridículo (não é um cuidado que tenha habitualmente), Jaques Wagner,
hoje um assessor de Dilma, depois que o ex-presidente passou a exercer
ilegalmente a Casa Civil, confessou tudo. Segundo ele, como o governo acha o
impeachment um golpe e “como se trata de votos no Congresso, é claro que é uma
agenda do governo conquistar esses votos. E a melhor forma de conquistar votos
é ampliar o espaço de aliados e fazer uma repactuação”.
Ah,
entendi! Seria o primeiro golpe da história que seria contido com a
distribuição de cargos. Logo, se a boquinha faz com que a pessoa não vote
contra Dilma, então, na hipótese de as coisas darem certo para presidente e
errado para o país, teremos um governo de chantagistas com preço.
Notem
a forma peculiar como Wagner raciocina: transforma um procedimento constitucional
em crime. Feito isso, então pode enfiar o pé na jaca na suposição de que apenas
responde à agressão do outro. Não é mesmo fabuloso? Literalmente! É a fábula do
lobo e do cordeiro sem tirar nem pôr.
O
primeiro queria papar o segundo. Mas era um lobo do tipo petista: gostava de
fazer a sujeira com motivos aparentes ao menos. Então acusou o outro de turvar
a água que bebia. A vítima potencial respondeu ser impossível já que o fazia
morro abaixo, e a correnteza impedia que sujasse a água do seu antípoda. Sem se
deixar vencer, o lobo acusa o cordeirinho ainda sem dentes de danificar o
pasto. É desmentido. “Ah, você andou me difamando no ano passado”, disse o
malandro. Impossível, o filhote não tinha idade.
O
lobo se encheu e comeu o carneiro sem argumentos mesmo. A moral da história é
sabida: contra o argumento da força, pouco adianta a força do argumento.
Muito
ativo, Jaques Wagner chegou a anunciar nesta terça o início de um novo governo.
Nem me diga! Novo mesmo! Nunca antes na história destepaiz se fez um ministério
segundo critérios tão técnicos, não é mesmo?
Tenho
para mim, no entanto, que o desfecho no Brasil será diferente. Conto com o
estado de direito para, desta feita, enquadrar o lobo bobo.
Por:
Reinaldo Azevedo
Quarta-feira,
30 de março, 2016
29 março, 2016
OPOSIÇÃO CRIA FORÇA-TAREFA PARA MAPEAR VOTOS DO IMPEACHMENT
Reunidos
terça-feira (29) na Liderança do PSC na Câmara, parlamentares da oposição
decidiram criar uma "força-tarefa" para monitorar os votos sobre o
processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Segundo
o coordenador do comitê pró-impeachment, deputado Mendonça Filho (DEM-PE),
coordenadores em cada estado terão a missão de procurar parlamentares de outros
partidos para dialogar sobre o impedimento, "estamos criando uma grande
força-tarefa para procurar os deputados e conseguir os votos dos indecisos. No
nosso cálculo, temos mais que os 342 votos necessários, mas queremos ter uma
margem boa", ressaltou Mendonça.
Hoje
a comissão especial do impeachment definiu que serão ouvidos nesta semana os
autores do impeachment em análise na Câmara, Miguel Reale Junior e Janaína
Pascoal e o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa e o professor de Direito da
UERJ, Ricardo Lodi Ribeiro, indicados por parlamentares do governo.
Segundo
Mendonça Filho, a ideia é de que o processo de impeachment seja votado no
plenário da Câmara no dia 14 de abril. "Havia uma ideia de fazer a votação
num domingo, mas avaliamos que o processo de impeachment não pode ser visto
como uma partida de futebol. Mesmo que a votação ocorra durante a semana, o
Brasil vai parar para assistir", enfatizou Mendonça. (Diário do Poder)
Terça-feira,
29 de março, 2016
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