Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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31 março, 2020

ARAS ARQUIVA PEDIDO DE AFASTAMENTO CONTRA BOLSONARO



Como era de se esperar, o procurador-geral da República, Augusto Aras, arquivou a notícia-crime contra o presidente Jair Bolsonaro protocolada pelo deputado petista Reginaldo Lopes.

De acordo com Aras, não há embasamento jurídico que endosse o pedido de afastamento ou até mesmo uma possível perda de mandato do presidente.

Caso a notícia-crime recebesse parecer favorável do PGR, seguiria para o STF, que poderia rejeitar ou acolher e remeter para Câmara dos Deputados.

No final, se a ação petista obtivesse sucesso, Jair Bolsonaro poderia ser afastado por 180 dias, podendo chegar à perda do mandato.

(Com informações Portal BR7)

Terça-feira, 31 de março, 2020 ás 18:00

PGR defende garantia de transporte de suprimentos alimentares e médicos



O procurador-geral da República, Augusto Aras, opinou segunda-feira (30/03), em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), pelo deferimento de liminar para suspender atos normativos de estados e municípios que, unilateralmente e sem observar a legislação federal, tenham restringido a locomoção individual e o transporte intermunicipal e interestadual de pessoas e cargas, sob a justificativa de combater a propagação do flango flito. O objetivo da Procuradoria-Geral da República (PGR) é, prioritariamente, garantir o tráfego de veículos transportadores de mercadorias para evitar desabastecimento, inclusive de materiais médico-hospitalares.

A manifestação de Aras foi feita no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 665, de relatoria do ministro Luiz Fux, ajuizada no Supremo pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT).

A CNT acionou o Supremo contra normas dos estados de Goiás, Bahia, Mato Grosso, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Santa Catarina e dos municípios de Florianópolis (SC) e Tamandaré (PE). A entidade sustentou que tais normas “violam preceitos sensíveis da Constituição da República, notadamente os direitos fundamentais à saúde e ao transporte (art. 6º), bem como a estrutura do pacto federativo (art. 21, inciso XII, alínea ‘e’, e art. 22, incisos IX e XI) ao usurpar competências legislativas”.

Na manifestação, o procurador-geral da República afirmou que a legislação federal sobre o tema foi desconsiderada pelas normas estaduais e municipais contestadas. “O exame dos atos normativos impugnados, em juízo perfunctório, típico ao exame do pedido cautelar, revela situações capazes de usurpar a competência privativa da União para legislar sobre trânsito e transporte, bem como a violar as próprias competências de estados e municípios, nos termos da jurisprudência do STF”, afirmou Augusto Aras.

“Sob análise perfunctória, própria das medidas cautelares, os decretos questionados no presente ADPF estabeleceram restrições ao transporte de pessoas e cargas que, embora direcionadas à defesa do direito à saúde, aparentemente não se mostram apropriadas para atingir os fins almejados, limitando para além do estritamente necessário os direitos fundamentais envolvidos”, completou.

No entendimento do procurador-geral, as restrições ao transporte de pessoas e de cargas em debate na ADPF “parecem não lograr êxito em atingir o fim de resguardar o direito fundamental à saúde, tendo inclusive potencialidade para se opor a sua concretização”.

Para Aras, as medidas têm o potencial de impedir o acesso a serviços de saúde por parte das pessoas que precisam se deslocar para outros estados e municípios à procura de hospitais, de tratamento médico ou para ter acesso a medicamentos.

Além disso, Aras afirmou que, com a restrição ao transporte coletivo interestadual e intermunicipal de passageiros, “não apenas os usuários dos serviços de saúde podem ser privados do acesso a medicamentos e cuidados hospitalares, como também os profissionais de saúde que atuam em localidades diversas daquelas em que residem podem se ver impedidos de exercer suas funções profissionais”.

Por fim, sustentou o procurador-geral, que “a restrição ao ingresso de veículos de cargas provenientes de outras localidades aparenta ter também capacidade de ocasionar prejuízos ao direito social à alimentação estatuído no art. 6º da CF, ante a possibilidade de privar populações estaduais e munícipes de ter acesso a alimentos e insumos básicos disponíveis exclusivamente em estados e municípios diversos”.

 
(Com informações da Secom da PGR)

Terça-feira, 31 de março, 2020 ás 11:00  


30 março, 2020

PANDEMIA DA MISÉRIA



A paralisação da economia tem um impacto destrutivo ainda maior sobre a população de baixa renda. Segundo o Data Favela, 72% dos moradores de Paraisópolis, em São Paulo, não têm condições de fazer quarentena

A crise atual tem um impacto ainda mais perverso sobre a população de baixa renda. Muitos profissionais sobrevivem da economia informal ou dependem de remuneração por serviços pontuais para pagar as despesas do dia a dia. Com a paralisação geral provocada pelo coronavírus, a maioria dos serviços não essenciais foram cancelados ou adiados. Para piorar a situação, o isolamento individual recomendado pelas autoridades médicas nem sempre é uma opção para quem divide o pequeno teto com famílias muitas vezes numerosas. Em localidades onde a densidade populacional é alta e as necessidades básicas são mais altas ainda, as perspectivas com a situação atual são as piores possíveis. É assim que vivem moradores de Paraisópolis, a segunda maior comunidade da cidade de São Paulo. Próxima ao Morumbi, um dos bairros mais nobres da capital paulista, Paraisópolis tem cerca de 100 mil habitantes espalhados por 21 mil domicílios em uma área de 10 quilômetros quadrados. Enquanto a densidade demográfica do Morumbi é de 4,1 mil habitantes por quilômetro quadrado, a de Paraisópolis tem mais que o dobro: 10 mil.

O problema é tão sério que Paraisópolis decidiu desenvolver o seu próprio sistema para enfrentar a crise da Covid-19. A estratégia criada pela associação de moradores, formada por 420 líderes comunitários, instituiu a figura do “presidente de rua”, cuja função inclui cuidar de cerca de 300 moradores. “Eles vão fazer aquilo que o poder público não faz”, afirma Gilson Rodrigues, presidente da União de Moradores e Comerciantes de Paraisópolis. Segundo ele, os presidentes de rua vão mapear os 10 quilômetros quadrados de área da favela e organizar o fluxo de doações, cestas básicas e itens de higiene. “Fazer quarentena é possível para quem mora em prédios. Na favela é difícil”, diz o morador Marcus Vinícius Conceição dos Santos. 

*IstoÉ

Segunda-feira, 30 de março, 2020 ás11:00