Responsável
pelo esquema de proteção dos candidatos à Presidência da República ao longo da
campanha, a Polícia Federal pretende limitar, neste ano, a segurança para
representantes de partidos nanicos – com menos de cinco parlamentares na Câmara
dos Deputados. Nem todos terão policiais à disposição 24 horas por dia.
A
PF já entrou em contato com candidatos para informar sobre o funcionamento do
esquema de segurança. Uma fonte da corporação informou que será usada a métrica
da legislação eleitoral para convite de debates em emissoras de televisão –
candidatos cujos partidos contam com cinco ou mais parlamentares no Congresso
terão “segurança dedicada”, ou seja, 24 horas e durante toda a campanha.
Os
presidenciáveis sem essa representação mínima também terão segurança, mas
apenas em ocasiões específicas previamente informadas à PF. No caso de Marina
Silva (Rede), no entanto, será levada em consideração sua posição nas pesquisas
de intenção de votos, o que a coloca em situação diferente dos nanicos.
Para
a PF, o número maior de candidatos ao Palácio do Planalto e a disseminação de
“eventos espontâneos” – como a recepção a políticos em aeroportos – são os
maiores desafios na garantia da segurança dos presidenciáveis nesta campanha.
A
atuação da PF na segurança dos candidatos é prevista em lei e tem como objetivo
viabilizar o exercício democrático da escolha do novo chefe do executivo
nacional. Todo o custeio e organização das viagens para os policiais envolvidos
na segurança, inclusive os gastos com reservas de hotel, é bancado pela própria
corporação. Ainda não há estimativa dos gastos. Inicialmente, cada candidato
terá uma equipe com 20 policiais – o número pode ser maior dependendo do local
ou risco do evento.
O
candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, já estava sendo acompanhado por
agentes, na terça-feira (7/08), ao chegar à Câmara. A campanha de Guilherme
Boulos (PSOL) disse à reportagem que ainda não decidiu se vai pedir a proteção
pessoal da PF.
O
ex-ministro Henrique Meirelles (MDB) disse à reportagem que ainda está pensando
se utilizará os serviços da PF. O PDT avalia a situação do presidenciável Ciro
Gomes. A assessoria de Marina afirmou que vai acertar com a PF como será o
esquema.
A
assessoria de Alvaro Dias (Podemos) confirmou que o candidato terá proteção
pessoal. Já a campanha do PT informou que não foi comunicada oficialmente pela
PF e não tem posição definida. A reportagem não obteve resposta de Geraldo
Alckmin (PSDB). / COLABORARAM FELIPE FRAZÃO, RENAN TRUFFI e MARIANA HAUBERT.
As
informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Quarta-feira,
08 de agosto, 2018 ás 11:00
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