Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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29 novembro, 2017

ALCKMIN E TEMER VÃO ACERTAR DESEMBARQUE DO PSDB DO GOVERNO




Pré-candidato do PSDB à Presidência, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, confirmou nesta terça (28) que os tucanos vão desembarcar do governo quando ele assumir o comando do partido, o que deve ocorrer na convenção do próximo dia 9. O tom das declarações de Alckmin incomodou o Palácio do Planalto e levou o presidente do PMDB, senador Romero Jucá (RR), a cobrar respaldo na transição até 2018. O presidente Michel Temer vai conversar com o governador, no próximo sábado, em Limeira (SP), para acertar quando será a saída do PSDB.

O desconforto no Planalto foi provocado principalmente pelo fato de Alckmin dizer que, se dependesse dele, a sigla nem teria se aliado a Temer. “Eu sempre fui contra participar do governo. Acho que não tinha razão para o PSDB participar, indicar ministro”, afirmou o governador, em entrevista à Rádio Bandeirantes.

Alckmin lembrou que o tucano Bruno Araújo já deixou o Ministério das Cidades, disse que “outros terão de sair pelo prazo de desincompatibilização” e pregou uma “política diferente” de agora em diante. “Mas votaremos medidas de interesse do país, independentemente de termos cargos, ministérios ou participar do governo”, insistiu.

Questionado se o PSDB abandonaria Temer, Alckmin foi evasivo. “Abandonar no sentido de não ter compromisso, não. Porque temos compromisso, responsabilidade e temos de dar sustentação na Câmara e votar projetos de interesse do País”, argumentou ele.

Na avaliação de auxiliares de Temer, o governador começou a dar “sinais dúbios” em sua campanha. O Planalto e a cúpula do PMDB têm interesse em montar uma frente de centro-direita com partidos como PSDB, DEM, PP, PR, PSD e PRB para disputar a eleição presidencial de 2018, mas ainda há um clima de mágoa e desconfiança em relação aos tucanos.

“Prefiro acreditar que o PSDB vai ter juízo e somar forças para ajudar a gente a concluir essa transição. Alckmin tem de conversar com os outros partidos e dizer a que veio”, afirmou Jucá. “Existe chance para fazermos uma coligação com os tucanos, mas isso depende das ações. Queremos saber, por exemplo, como o PSDB vai votar na reforma da Previdência. Na política, os atos valem mais do que as palavras.”

Embora Alckmin tenha falado novamente em desembarque, na prática não se sabe como será essa saída. O ministro da Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy, deve ser substituído pelo deputado Carlos Marun (PMDB), mas pode ser deslocado para outro posto na equipe. Luislinda Valois (Direitos Humanos) vai deixar o cargo em breve e Aloysio Nunes Ferreira permanecerá no Itamaraty.

“Essa questão do desembarque já está superada. É um falso dilema. Falta só marcar a data”, amenizou o senador Aécio Neves (PSDB-MG), principal fiador da participação dos tucanos na gestão Temer. “Levar esse tema à convenção é um desrespeito ao próprio PSDB. O que temos de discutir é o leque de alianças que o PSDB deve buscar.”

‘Jim Jones’

Para Jucá, o governador de São Paulo terá o desafio de enfrentar a pressão dos chamados “cabeças-pretas”, que defendem o afastamento do governo, se quiser ter mais adiante o apoio do PMDB. “Os cabeças-pretas querem que Alckmin tome o ponche do Jim Jones”, ironizou o senador, em uma referência ao pastor que convenceu mais de 900 pessoas a se matar na Guiana, em 1979.

Na avaliação do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), pré-candidato ao governo da Bahia, o fato de o PSDB “se arrumar” internamente é o primeiro passo para a construção de uma aliança em 2018. “Mas isso não significa que as coisas serão automáticas. Se quiser parceria, em algum momento o PSDB terá de nos procurar”, disse ele. (AE)

Quarta-feira, 29 de novembro, 2017 ás 11hs00

28 novembro, 2017

CONFIANÇA DO COMÉRCIO TEM LIGEIRA QUEDA DE OUTUBRO PARA NOVEMBRO




O Índice de Confiança do Comércio (Icom) teve ligeiro recuo de 0,1 ponto na passagem de outubro para novembro, para 92,4 pontos, informou na manhã desta terça (28) a Fundação Getulio Vargas (FGV). Nos dois meses anteriores, o índice tinha acumulado um crescimento de 10,1 pontos.

“O resultado de novembro pode ser interpretado como uma relativa acomodação da confiança do comércio após dois meses em forte elevação”, avaliou Rodolpho Tobler, coordenador da Sondagem do Comércio no Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), em nota oficial.

Houve piora na confiança em oito dos 13 segmentos pesquisados. O Índice de Situação Atual (ISA-COM) caiu 0,8 ponto em novembro, para 85,4 pontos, enquanto o Índice de Expectativas (IE-COM) avançou 0,7 ponto, atingindo 99,9 pontos.

“A queda do Índice da Situação Atual mostra que a recuperação da economia continua ocorrendo de forma gradual. Já a sustentação da alta do Índice de Expectativas reforça o diagnóstico de manutenção da tendência de retomada do setor no ano, sob influência da inflação baixa, do ciclo de redução das taxas de juros e da melhora recente da confiança dos consumidores”, completou Tobler.

Entre janeiro e novembro de 2017, o ICOM subiu 13,5 pontos, enquanto no ano passado a alta foi de 9,7 pontos no mesmo período. Há ainda uma diferença qualitativa entre o desempenho de 2016 e de 2017: no ano passado, mais de 91% do crescimento do indicador foram motivados pela melhora das expectativas; em 2017, houve um avanço mais expressivo do ISA-COM responsável por 62,4% da alta do ICOM no período.

A coleta de dados para a edição de novembro da Sondagem do Comércio foi realizada pela FGV entre os dias 1º e 24 do mês e obteve informações de 1.181 empresas. (AE)

Terça-feira, 28 de novembro, 2017 ás 10hs30

27 novembro, 2017

PF ATACA CARTEL EM LICITAÇÕES DE SANEAMENTO EM 14 ESTADOS




A Polícia Federal, em ação com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), deflagrou nesta segunda-feira, 27, a Operação Vinil. A investigação apura o crime de formação de cartel por empresas do ramo de conexões de PVC e polipropileno, em licitações públicas de obras de infraestrutura em saneamento de água.

Em nota, a PF informou que 65 policiais federais e 20 servidores do Cade cumprem 15 mandados de busca e apreensão em São Paulo, grande São Paulo e na cidade de Santa Bárbara D’Oeste, todos expedidos pela 5ª Vara Criminal Federal de São Paulo.

O inquérito policial teve início em junho de 2017 quando o Ministério Público Federal encaminhou, para investigação pela PF, o acordo de leniência firmado entre o Cade e uma empresa fabricante de conexões, no qual se descrevem condutas anticompetitivas dela e de outras três empresas do ramo, afetando o mercado nacional, entre os anos de 2004 e 2015, comprometendo licitações em 14 estados.

O relatório do Cade aponta indícios de violação da ordem econômica por meio de conluio entre as empresas para frustrar o caráter competitivo das licitações públicas, como a fixação de preços e condições comerciais; a abstenção de participação em licitações; acordos para divisão de clientes e lotes entre concorrentes e o compartilhamento de informações comercialmente sensíveis.

São apurados crimes de abuso do poder econômico (formar acordo visando a fixação artificial de preços e o controle regionalizado do mercado por um grupo de empresas), previstos na Lei 8.137/90, com penas de 2 a cinco anos de prisão e multa. (AE)

Segunda-feira, 27 de novembro, 2017 ás 14hs30