O
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), disse que vai decidir até
quarta-feira (22) se abre ou não processo de impeachment do procurador-geral da
República, Rodrigo Janot. Na semana passada, duas advogadas protocolaram, no
Senado, uma denúncia contra o procurador, alegando que Janot dá tratamento
diferenciado a situações parecidas de possíveis práticas de atos ilícitos.
As
advogadas entendem que Janot deveria ter pedido, ao Supremo Tribunal Federal
(STF), a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e da presidente
afastada Dilma Rousseff por suposta tentativa de obstrução às investigações da
operação Lava Jato. Esse foi o argumento de Janot para pedir as prisões de
Renan, do senador Romero Jucá (PMDB-RR) e do ex-presidente José Sarney
(PMDB-AP).
Renan
disse que recebeu, ao todo, nove pedidos de impeachment do PGR entre os anos de
2015 e 2016. Quatro deles foram arquivados. O peemedebista disse ainda que vai
analisar o novo pedido “com imparcialidade”, mas fez duras críticas a Janot,
dizendo que o procurador “extrapolou os limites do ridículo” ao pedir as
prisões.
A
PGR não quis comentar as declarações de Renan Calheiros e, também, a possível
abertura de impedimento de Janot.
De
acordo com a Constituição, cabe ao Senado “processar e julgar os ministros do
Supremo Tribunal Federal, os membros do Conselho Nacional de Justiça e do
Conselho Nacional do Ministério Público, o procurador-geral da República e o advogado-geral
da União nos crimes de responsabilidade”.
SEMANA COMEÇA COM DESGASTES
PARA DILMA E ALIADOS NA CÂMARA
A
semana na Câmara dos Deputados deve ser de intenso desgaste para aliados da
presidente afastada Dilma Rousseff. Nesta segunda-feira (20), está na pauta da
CPI do Carf requerimentos de convocação do ex-senador Delcídio do Amaral,
ex-líder do governo da petista, e de Luiz Cláudio Lula da Silva, dono da LFT
Marketing Esportivo e filho do ex-presidente Lula.
Ainda
nesta semana, na terça-feira (21), está prevista a instalação da CPI da UNE,
que vai investigar supostos desmandos da instituição, historicamente ligada ao
PCdoB, fiel aliado do PT. A suspeita é que irregularidades com dinheiro público
ultrapassem os R$ 44 milhões. O CPI foi proposta pelo deputado Marcos Feliciano
(PSC-SP). (A/E)
Segunda-feira,
20 de junho, 2016
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