Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

Seja nosso seguidor

Seguidores

14 dezembro, 2019

Ao contrário do que se esperava, em 2019 o Planalto não apoiou combate à corrupção


A articulação aberta de Fernando Bezerra Coelho, líder do governo no Senado, para que o projeto de lei que autoriza a prisão em segunda instância tivesse sua discussão adiada para o ano que vem, demonstra, mais uma vez, que o compromisso do governo no combate à corrupção não vai tão longe como dizia o discurso de campanha. Não por acaso a pesquisa Datafolha indicou queda na percepção de que o governo faz algo nesse sentido.

Lembra bastante o que se deu com Dilma Rousseff, que começou o governo sendo chamada de faxineira e, aos poucos, foi perdendo essa imagem até terminar a gestão sendo colocada como símbolo de um dos governos mais corruptos da história recente.

No caso de Bolsonaro, como já abordei aqui nessa coluna, são inúmeros os indicativos de que o combate à corrupção não é uma prioridade, embora, com a visão turva da polarização gerada nas últimas eleições, muitos eleitores do capitão teimem em não perceber.

Assim, na Esplanada há ministros indiciados e condenados, o líder de seu governo é alvo da operação Lava Jato, o pacote anticrime do titular da Justiça, o ex-juiz Sergio Moro, recebeu apoio quase nulo do Palácio do Planalto e muitas ações concretas foram tomadas para avacalhar com as investigações em torno do hoje senador Flávio Bolsonaro, filho mais velho do presidente.

É bom lembrar que o presidente esvaziou o Coaf, fez interferências na Receita e na Polícia Federal, e viu o filho entrar em uma batalha jurídica para suspender as investigações relacionadas a Fabrício Queiroz, confesso promotor de “rachadinha”.

Até agora, o presidente e seus filhos não deram explicações para diversos relatos de fantasmas em seus gabinetes nem explicaram razões pelas quais parentes de milicianos estavam lotados em gabinetes parlamentares da família.

Em suma, o governo pode orgulhar-se de alguma coisa, mas certamente, até aqui, não é do combate à corrupção. (O tempo)


Sábado, 14 de Dezembro, 2019 ás 14:00

Nenhum comentário:

Postar um comentário