O
pré-candidato à Presidência pelo PSL, o deputado estadual Jair Bolsonaro, vem
encontrando resistência de siglas para a formação de alianças partidárias para
a sua campanha. O PR e o PRP já teriam negado o pedido de apoio do
presidenciável.
Se
não conseguir aliança com outras siglas, Bolsonaro terá que seguir com uma
campanha solo e terá apenas oito segundos no horário gratuito de rádio e
televisão, a partir de 31 de agosto.
O
isolamento acontece mesmo com o deputado liderando as pesquisas de intenção de
voto, que o colocam ao lado de Marina Silva, pré-candidata pela Rede, na briga
em segundo turno. Os partidos acreditam que Bolsonaro teria dificuldades em
ganhar as eleições no segundo turno. A prioridade das siglas é firmar alianças
levando em conta a formação de bancadas no Congresso.
A
campanha do PSL já considera um plano B caso a resistência dos partidos se
mantenha: recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para usar o direito de
resposta no espaço dos concorrentes. A sigla acredita que Bolsonaro será alvo
constante dos demais candidatos ao Planalto.
O
pré-candidato declarou, em novembro do ano passado, que não se importava com
coligações e que não precisa de espaço no rádio e na TV, já que conquistaria o
eleitorado por meio das redes sociais.
Vice-presidência
Outra
dificuldade de Bolsonaro na corrida eleitoral é em relação à escolha do seu
vice na chapa. O nome preferido do deputado federal era o senador Magno Malta
(PR-ES), que já chegou a demonstrar que não aceitaria o convite. Bolsonaro falou
ainda do general da reserva Augusto Heleno Ribeiro, do PRP, que já brecou a
aliança. Heleno sinalizou que irá se desfiliar do partido para atuar na
coordenação da campanha do deputado.
Nos
últimos dias, há a especulação do nome da advogada Janaina Paschoal – autora do
pedido de impeachment da ex-presidente petista Dilma Rousseff — para um
possível convite para ser vice. Paschoal declarou não ter sido chamada para
compor a chapa, mas não descarta a hipótese.
Convenções
A
partir de sexta-feira (20), os partidos políticos dão início às convenções
nacionais ainda com o cenário das coligações indefinidos. As siglas têm até 5
de agosto para aprovarem os nomes de seus candidatos à Presidência, que devem
ser registrados no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até 15 do mesmo mês. Neste
momento, há 18 pré-candidatos. (DP)
Quarta-feira,
18 de julho, 2018 ás 17:30
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