O
juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10ª Vara Federal de Brasília, remarcou
para o dia 21 de junho o depoimento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
na ação em que ele é réu com seu filho Luís Cláudio Lula da Silva, acusados de
participar de um esquema para favorecer a empresa Saab na venda de 36 caças ao
Brasil.
O
depoimento estava previsto para 20 de fevereiro, mas foi suspenso pelo
desembargador Néviton Guedes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região
(TRF-1), que acatou pedido da defesa para aguardar a oitiva de testemunhas que
moram fora do país, no prazo máximo de quatro meses.
Vallisney
Oliveira, responsável pelo caso na primeira instância, resolveu agora marcar os
depoimentos de Lula, de seu filho e dos empresários Mauro Marcondes Machado e
Cristina Mautoni Marcondes Machado, também réus, para a manhã do dia seguinte
ao encerramento do prazo estipulado pelo TRF-1.
Na
ação penal, Lula e seu filho foram investigados na Operação Zelotes, da Polícia
Federal, e foram denunciados pelos crimes de tráfico de influência, lavagem de
dinheiro e organização criminosa, por envolvimento em esquema que vendia a
influência do petista no governo Dilma para beneficiar empresas.
De
acordo com a denúncia, Lula, seu filho e os consultores Mauro Marcondes e
Cristina Mautoni participaram de negociações irregulares no contrato de compra
dos caças suecos Gripen e na prorrogação de incentivos fiscais para montadoras
de veículos em uma medida provisória. Segundo o MPF, Luís Cláudio recebeu R$
2,5 milhões da empresa dos consultores.
A
defesa do ex-presidente sustenta que Lula e seu filho não participaram ou
tiveram conhecimento dos atos de compra dos caças suecos. Segundo os advogados,
a investigação tramitou no Ministério Público de forma oculta e sem acesso à
defesa.
Quinta-feira,
15 de março, 2018 ás 00:05
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