A
maioria dos brasileiros espera que o futuro presidente do Brasil seja honesto e
não tenha se envolvido em casos de corrupção. Essas foram as prioridades
apontadas pelos entrevistados pela pesquisa Retratos da Sociedade Brasileira -
Perspectivas para as eleições de 2018, feita pela Confederação Nacional da
Indústria (CNI) em parceria com o Ibope, divulgada na terça-feira (13/03).
Para
87% dos brasileiros é muito importante que o candidato à Presidência da
República seja honesto e não minta na campanha. Para 84% é muito importante que
nunca tenha se envolvido em casos de corrupção. A pesquisa aponta ainda que 66%
preferem votar em um candidato honesto, mesmo que defenda políticas com as
quais ele não concorda.
Para
44% dos entrevistados o principal foco do novo presidente deve ser em mudança
social, com melhoria da saúde, educação, segurança e desigualdade social; para
32% deve ser a moralização administrativa, com combate a corrupção e punição de
corruptos; para 21%, o foco deve ser a estabilização da economia, com queda
definitiva do custo de vida e do desemprego. Para 1%, nenhum desses ou outros
focos; 2% não sabem ou não responderam.
Apesar
da maioria não acreditar que o foco deve ser a estabilização da economia, 92%
consideram importante ou muito importante que o candidato à Presidência defenda
o controle dos gastos públicos.
Para
89% dos entrevistados o candidato precisa conhecer os problemas do país; para
77%, ter experiência em assuntos econômicos e, para 74%, ter boa formação
educacional.
Brasileiros não acreditam em promessas
A
maioria dos brasileiros não acredita em promessas de campanha: 75% discordaram totalmente
ou em parte da frase "eu acredito nas promessas de campanha dos
candidatos".
De
acordo com a pesquisa, 44% dos brasileiros estão pessimistas em relação à
eleição presidencial de 2018 e 20% estão otimistas; outros 23% não estão
otimistas e nem pessimistas; e, 13% não sabem ou não responderam.
Entre
os que estão pessimistas, para 30% deles, o principal motivo é a corrupção,
seguido pela falta de confiança nos governantes e candidatos (19%) e pela falta
de opção entre os pré-candidatos (16%).
Já
os que estão otimistas esperam mudança (32%), têm esperança no voto e na
participação popular (19%) ou têm um sentimento de melhorias em geral (11%).
Deus e família
De
acordo com pesquisa, praticamente oito em cada dez brasileiros (79%) concordam
totalmente ou em parte que é importante que o candidato a presidente acredite
em Deus. Para 29% dos entrevistados, é muito importante que o candidato seja da
mesma religião que elas.
Mais
da metade (52%) dos brasileiros concorda que prefere candidatos de família
pobre. Para 8% é indiferente e 38% discordam em parte ou totalmente. Para 62%
dos entrevistados é necessário que o candidato tenha uma família bem
estruturada. A característica é a oitava mais valorizada entre as 11 que foram
consideradas.
Experiência anterior
Entre
os entrevistados, 47% concordam totalmente que é importante que o futuro
presidente tenha experiência anterior como prefeito ou governador, 25% concorda
em parte, 13% discorda totalmente, 11% discorda em parte, 1% é indiferente e 2%
não sabem ou não responderam.
Uma
parte dos entrevistados (48%) disse não ter preferência partidária. Entre
aqueles que têm preferência ou simpatia por partidos, 19% disseram que preferem
o PT. Em seguida, entre os preferidos, estão MDB (7%), PSDB (6%); Psol, DEM, PC
do B, PDT, PR, PPS, PSB, PSC, PSD, PTB, PV e Novo, com 1% cada.
A
pesquisa foi feita com 2 mil pessoas em 127 municípios entre os dias 7 e 10 de
dezembro de 2017. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para
menos. (ABr)
Quarta-feira,
14 de março, 2018 ás 00:05
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