Perceberam o buraco de bala chegando aos
destinos e os petistas o apontando. (Foto: assessoria do PT)
Policiais
experientes não descartam a hipótese de armação, no suposto atentado a tiros à
caravana do ex-presidente Lula no Paraná, com o objetivo de “vitimizar” o
político petista que vive a expectativa de votação, no Supremo Tribunal Federal
(STF), do seu habeas corpus. Ele também anda em baixa em sua visitação a
Estados do Sul, com moradores tentando impedir os comícios, expulsando-o aos
gritos de “Lula, ladrão, seu lugar é na prisão”.
Três
tiros teriam atingido dois dos três ônibus da comitiva, e o único a não ser
perfurado por balas foi exatamente aquele que conduz o ex-presidente. Mas ele
não estava no veículo porque fez o percurso de helicóptero. Um dos ônibus
atingidos foi o que transportava jornalistas, claro, e o outro, com duas perfurações,
levava “convidados”.
Os
jornalistas estranharam porque não ouviram o disparo e somente perceberam o
orifício supostamente produzido por bala quando chegaram ao destino e
seguranças da comitiva e petistas chamaram atenção para os sinais do suposto
atentado.
Os
ônibus seguiam de Quedas do Iguaçu, no oeste do Paraná, para a cidade de
Laranjeiras do Sul, quando segundo o PT os tiros foram disparados, mas nenhuma
fonte independente os ouviu. Curiosamente, Lula já estava na Universidade
Federal da Fronteira Sul (UFSS), onde chegou de helicóptero.
PT do Paraná e seus 'atentados'
Também
não está descartada a hipótese de que alguma pessoa tenha de fato atirado
contra a comitiva, como afirmam os lulistas, mas a polícia paranaense está
habituada aos métodos do PT local, liderado pela senadora Gleisi Hoffmann, hoje
presidente nacional do partido.
Em
maio do ano passado, o PT denunciou um “atentado” contra sua sede em Curitiba.
Durante a madrugada, claro, quando não havia ninguém. Não houve feridos, nem
danos significativos. Nesse suposto atentado, segundo relato dos petistas, dois
homens encapuzados teriam lançado duas bombas de coquetéis molotov contra o
imóvel, no bairro São Francisco. O “atentado” jamais foi reivindicado, como é
comum nesses casos, nem a polícia pôde chegar a qualquer conclusão definitiva.
Como
em outras ocasiões, Lula fez divulgar em seu Twitter uma mensagem redigida pela
assessoria: "A nossa caravana está sendo perseguida por grupos fascistas.
Já atiraram ovos, pedras. Hoje deram até um tiro no ônibus". No palanque,
ele fez discurso se comparando a Tiradentes.
‘Atentados’ quando Lula
está em ‘baixa’
Opositores
do PT chamam a atenção para o fato de Lula ser alvo de alguma forma de suposto
“atentado” sempre que enfrenta maus bocados.
No
começo de agosto de 2015, quando o ex-presidente enfrentava graves denúncias em
operações como a Lava Jato, uma bomba foi jogada de um carro em movimento
contra o portão do Instituto Lula, durante a madrugada, quando não há ninguém
no local. Não houve estragos, nem feridos. Apenas barulho. Esse suposto
atentado nunca pôde ser confirmado pelas autoridades que o investigaram.
Em
outra ocasião, também em maio de 2017, o PT reclamou de rojões atirados contra
um acampamento de apoio a Lula, na ocasião ainda sem sentença condenatória por
corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Rojões também teriam sido usados em
outro “atentado” à sede do PT. Como em todos os casos, jamais houve feridos e
nem sequer danos materiais. Mas serviram como uma luva à suposta intenção de
desviar o foco e vitimar não apenas Lula como o partido.
Opositores
do PT destacam que em todos os episódios envolvendo protestos contra Lua, na
visita que ele faz a Estados do Sul, foram vistas armas apenas na cintura e nas
mãos de seguranças do ex-presidente. A Polícia Civil promete investigar e
chegar aos autores, tendo sido o atentado real ou simulado.
Jornalistas que estavam no
ônibus não ouviram disparo, nem viram ninguém atirando, e só na confusão da
agressão a um jornalista do globo, uma pistola apareceu na mão de um homem (à
esq.) que atuaria na segurança do ex-presidente.
(Foto: Ricardo Galhardo/estadão)
Quinta-feira,
29 de março, 2018 ás 00:05
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