O Edinho Silva – aquele que ganhou um
cargo de ministro para não ser preso – mostrou-se indignado com a delação
premiada do dono da Andrade Gutierrez. Otávio Marques de Azevedo contou à
justiça que as campanhas de 2010 e 2014 da Dilma foram feitas com milhões de
reais roubados da Petrobrás e das obras da hidrelétrica de Belo Monte. Edinho,
homem de confiança da Dilma, de quem foi tesoureiro de campanha, disse que o
depoimento do dono da construtora “é uma peça de ficção”. Isso mesmo, o chefão
de uma das empreiteiras mais ricas do Brasil, inventou ao dizer que financiou a
campanha em que ele, Edinho, era o tesoureiro. Ora, ora, não é a primeira vez
que a Dilma e o Edinho são citados por delatores como beneficiários de
propinas.
Edinho,
porém, se defende como um sujeito acima de qualquer suspeita: “Não tem lastro
na verdade”, diz o ministro da Comunicação Social enquanto ainda goza de fórum
especial, já que seus dois comparsas José Vaccari Neto e Delúbio Soares foram
condenados por formação de quadrilha. As declarações de Edinho são hilárias,
mirabolantes, surreais, quando se sabe que passaram pelas suas mãos milhões de
reais para a campanha da sua chefa. Para escapar das grades, quando as
investigações bateram à sua porta, o Lula exigiu que a Dilma o nomeasse
ministro. Ou seja, para ser ministro no governo da Dilma não se exige qualidade
nem qualificação do candidato. O governo Dilma virou um depósito de
delinqüentes recheado de ministros incompetentes. Se você dúvida, veja o que
está acontecendo com o PMDB: alguns ministros fisiológicos insistem em
permanecer no cargo mesmo depois do partido ter chutado o pau da barraca.
Para
defender a chefa, vale qualquer coisa. Vale, inclusive, que o ministro Edinho
vocifere contra o STF e o Ministério Público, acusando-os de fazer divulgação
seletiva para embananar o processo político. O tribunal está tão vulnerável que
esse senhor, envolvido em falcatruas, também aproveita para tirar a sua
casquinha e destilar ódio contra a Corte. Aliás, as declarações dele parecem
não ofender o egrégio tribunal, que ainda mantém sob sigilo o depoimento do
dono da Andrade Gutierrez. O ministro Teori é da tese que não se deve divulgar
a delação do empresário por enquanto, ao contrário do que pensa o juiz Sergio
Moro que, mais de uma vez, já disse que população tem o direito imperativo de
conhecer detalhes do esquema que dilapidou o patrimônio do brasileiro. Em
outras palavras, Moro quer dizer que não se deve acobertar bandidos sob pena de
conivência com o crime.
Edinho,
Lula e a Dilma, o trio que chegou ao poder assaltando os cofres públicos, ainda
vão dar muito trabalho ao país. Escudados em fóruns especiais que lhe dão o
direito de responder por seus crimes apenas no STF, o governo está usando o
dinheiro do contribuinte para comprar parlamentares (R$ 400 mil para os
ausentes e R$ 2 milhões para os que votarem contra o impeachment) e coagir
testemunhas enquanto permanecem no poder. É uma vergonha saber que a presidente
abriu as torneiras para comprar deputados e senadores venais que não fazem jus
ao voto que tiveram nas suas bases. Alheios a esse balcão de negócios, a
Justiça faz vista grossa, enquanto a nação está paralisada e a economia
destroçada porque é um país administrado por uma esquizofrênica, como revelou a
revista IstoÉ.
Mas
ainda existe uma saída para o Brasil, uma luz, mesmo que tênue, no fim do
túnel. O povo precisa ir mais às ruas, sair de casa. No mundo todo, as mudanças
sociais só ocorreram com a sociedade organizada combatendo a corrupção e a
injustiça social. Portanto, unam-se e se fortaleçam para derrubar essa corja
que se instalou no país.
O
projeto de poder do PT é se agarrar ao poder a qualquer custo. E esse custo é o
presente e o futuro do Brasil.
Nesse
caso, além da fraqueza da oposição ao PT, fica evidente a manipulação midiática
e o uso do carisma de Lula, para colocar na presidência um verdadeiro poste,
alguém sem o menor perfil presidencial.
Causa
-me arrepios a propaganda da "pátria educadora", verdadeiro biombo
para a real situação das escolas existentes nesse país, sem estrutura material
e humana para a preparação desses indivíduos para conseguirem algo na vida,
além dos limites de mera subsistência do bolsa família.
Jorge
Oliveira
Terça-feira,
12 de abril, 2016
Nenhum comentário:
Postar um comentário