Partido
havia fechado questão contra abertura do processo de afastamento.
Dos
19 deputados da bancada, 6 votaram pelo impeachment de Dilma.
A direção do PDT iniciou nesta segunda-feira
(18) processo de expulsão dos deputados do partido que votaram a favor da
continuidade do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
A
decisão de iniciar os procedimentos, por meio da abertura de um processo na
Comissão de Ética do partido, foi tomada em reunião na manhã desta segunda, na
sede da legenda, em Brasília.
Integrante
da base aliada de Dilma, o PDT comanda atualmente o Ministério das Comunicações
e havia “fechado questão” para que a
bancada votasse contra a continuidade do processo de afastamento.
Se o partido aprova o “fechamento de questão”, os deputados que não cumprem a orientação
partidária podem ser punidos até com expulsão.
Apesar
da orientação, dos 19 deputados do PDT, seis votaram pró-impeachment- Giovani
Cherini (PDT-RS), Hissa Abrahão (PDT-AM), Flávia
Morais (PDT-GO), Sérgio Vidigal (PDT-ES), Mário Heringer (PDT-MG) e
Subtenente Gonzaga (PDT-MG). O deputado Pompeo de Mattos (PDT-RS) se absteve de
votar. Os outros 12 parlamentares do PDT votaram contra o prosseguimento do
pedido de afastamento ao Senado.
Durante
a votação, as “traições” de integrantes do PDT eram comemoradas com vigor pela
oposição. Os deputados eram abraçados e aplaudidos por defensores do impeachment.
A
deputada Flávia Morais (PDT-GO) chegou a se emocionar depois de votar pela
continuidade do processo e foi abraçada por colegas.
Conforme
nota divulgada pela assessoria do PDT, a Comissão de Ética da legenda vai
analisar a atitude dos deputados que descumpriram a posição do partido e dar
parecer pela expulsão ou não.
Os
processos, então, serão enviados ao Diretório Nacional do PDT, que tem reunião
marcada para decidir sobre as expulsões no dia 30 de maio, no Rio de Janeiro.
Em
entrevista ao G1 na sexta (16), o deputado Ronaldo Lessa (PDT-AL), que votou
contra o impeachment, relatou ter recebido “pressões”. Segundo ele, a maior
parte dos pedidos nas ruas e por e-mail que recebeu é favorável ao impeachment.
“Se
puder ficar com a posição do partido, ainda me é mais confortável. Por outro
lado, eu recebi mais de 8 mil e-mails e se você olhar, são 7,5 mil fazendo
apelo pelo impeachment. Pelo menos a classe média mais informada é
pró-impeachment. Mas a gente não pode pensar assim só”, disse.
Nathalia
Passarinho
Segunda-feira,
18 de abril, 2016
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