Na
última semana, o Ministério Público Federal (MPF) ajuizou três denúncias no
âmbito da Operação Panatenaico, que investiga o superfaturamento das obras do
Estádio Nacional Mané Garrincha. As ações penais apontam um acordo que
beneficiou, com altas cifras, os ex-governadores José Roberto Arruda (PR) e
Agnelo Queiroz (PT), além do ex-vice-governador Tadeu Filippelli (MDB).
A
Agnelo está ligada repasses que somam cerca de R$ 6,5 milhões, que ocorreram
por meio de doações ao PT e a uma igreja; por uma lista de exigências, como
compra de ingressos para jogos; e por meio de dois possíveis operadores. A
propina para Filippelli foi de um total de R$ 6,1 milhões, pagas por meio de
doações oficiais à eleição de 2014 e do pagamento de 1% sobre o valor do
contrato com as empreiteiras para a construção do estádio. Já para Arruda, o
pagamento foi de R$ 3, 92 milhões. Os repasses foram feitos em dinheiro,
contratos simulados e doações a uma igreja.
O
total recebido pelos três ex-gestores foi de R$ 16,6 milhões, segundo os
valores divulgados em reportagem do Correio Braziliense.
Segundo
as investigações, o superfaturamento da arena chegou a quase R$ 900 milhões,
segundo as investigações. As obras custaram, na verdade, R$ 1,575 bilhão –
tornando o Mané Garrincha o estádio mais caro da Copa de 2014. A PF indiciou 21
pessoas na Panatenaico. Em maio do ano passado, Arruda, Agnelo e Filippelli
chegaram a ser presos na operação.
Se
a denúncia for aceita pela Justiça, os três ex-gestores e mais nove pessoas
devem responder por organização criminosa, corrupção passiva, corrupção ativa,
lavagem de dinheiro e fraude à licitação. (DP)
Sexta-feira,
13 de abril, 2018 ás 00:05
Nenhum comentário:
Postar um comentário