O
depoimento do agora presidiário Lula sobre crimes cometidos na compra dos 36
caças suecos foi marcado para o dia 21 de junho pelo juiz federal Vallisney de
Oliveira, de Brasília. Lula e o filho Luís Cláudio são réus acusados de tráfico
de influência, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
O
Ministério Público acusa Lula de usar sua influência de ex-presidente para
atuar junto ao governo Dilma Rousseff entre os anos de 2013 e 2015 em benefício
de empresas como a Saab, que ganhou o contrato bilionário para fornecimento dos
caças às Forças Armadas brasileiras. De acordo com a denúncia, os crimes
incluem ainda a edição de uma medida provisória (MP) com diversos incentivos
fiscais para grandes montadoras de automóveis. Lula nega as acusações.
O
interrogatório do ex-presidente será às 9h, mas ainda não há local definido. No
mesmo dia serão ouvidos o filho e os lobistas Mauro Marcondes e Cristina
Mautoni, também réus no processo oriundo das investigações da operação Zelotes.
O
desembargador Néviton Guedes, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1)
deu prazo de quatro meses para ouvir todas as testemunhas, inclusive as que
moram no exterior e determinou que Lula só fosse ouvido após essas oitivas. A
defesa de Lula indicou mais de 80 testemunhas e o acinte foi interpretado pelo
Ministério Público não como exercício do direito à ampla defesa, mas como
manobras protelatórias para adiar ao máximo o julgamento da denúncia.
A
data foi marcada antes da prisão do ex-presidente no caso do tríplex do
Guarujá, mas a defesa de Lula pediu um novo adiamento, que ainda não foi
analisado pelo juiz federal Vallisney de Oliveira
Quarta-feira,
11 de abril, 2018 ás 00:05
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