A
Polícia Federal vai usar imagens e vídeos para identificar os integrantes do
Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) e da Frente Povo Sem Medo que
ocuparam, nesta segunda (16), o tríplex no Guarujá, litoral de São Paulo,
recebido por Lula como propina da construtora OAS.
Em
faixas estendidas na varanda do imóvel, o grupo de invasores dizia que “se é de
Lula, é nosso” e “se não é, por que prendeu? ”. Cerca de 50 pessoas
permaneceram no apartamento por cerca de quatro horas, enquanto outros ficaram
na porta do prédio. Os integrantes do MTST e da Frente Povo Sem Medo só
deixaram o local após negociação com a Polícia Militar.
Os
invasores deixaram um rastro de vandalismo para trás. Portas foram arrombadas e
moradores foram hostilizados, segundo investigações prévias da Polícia Federal.
O inquérito por “esbulho possessório”, quando há uma invasão violenta a um bem,
foi aberto ainda nesta segunda.
O
caso é responsabilidade da PF, já que o imóvel foi confiscado pela Justiça
durante as investigações da Operação Lava Jato, que condenou Lula por corrupção
passiva e lavagem de dinheiro. O tríplex ainda vai a leilão.
Preso
no dia 7 de abril, o petista foi condenado pelo juiz Sérgio Moro, que entendeu
que a construtora OAS pagou R$ 2,2 milhões em propina para o petista por meio
da entrega do tríplex no Guarujá e em reformas no imóvel. A sentença de Lula
aumentou após decisão em segunda instância no Tribunal Regional Federal da 4ª
Região (TRF-4).
Terça-feira,
17 de abril, 2018 ás 09:00
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