O
senador Aécio Neves (PSDB-MG) prestou depoimento na quinta-feira (26/4) na sede
da Polícia Federal, em Brasília, após ter sido intimado no inquérito em que é investigado
pelo suposto recebimento de propina da construtora Odebrecht.
As
investigações foram autorizadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF) após a
abertura de 76 inquéritos no ano passado pelo ministro Edson Fachin, com base
nos depoimentos de colaboração premiada de ex-executivos da empresa. Fachin é o
relator dos processos da Operação Lava Jato no STF.
De
acordo com a defesa do parlamentar, "todos os esclarecimentos"
solicitados pelos policiais foram prestados por Aécio. Em nota, o advogado
Alberto Zacharias Toron disse que os "próprios delatores" afirmaram
nos depoimentos que as contribuições financeiras feitas pela Odebrecht às
campanhas do PSDB "nunca estiveram vinculadas a qualquer
contrapartida".
"Por
se tratar de empreendimento conduzido pelo governo federal à época, ao qual o
senador e seu partido faziam oposição, não há nada que o vincule às
investigações em andamento", afirmou a defesa.
Em
depoimentos de delação premiada, o ex-presidente da empreiteira Marcelo
Odebrecht e outros executivos do grupo disseram que o senador recebeu propina
para atuar favoravelmente aos interesses da empresa (LINK). O objetivo, segundo
os delatores, seria obter apoio parlamentar para a construção das usinas hidrelétricas
de Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia. (ABr)
Sexta-feira,
27 de abril, 2018 ás 00:05
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