O
procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da Operação Lava Jato no
Ministério Público Federal, defendeu na manhã desta segunda-feira, dia 1º, o
pacote anticrime do ministro da Justiça, Sergio Moro, como uma das medidas
necessárias para que o combate à corrupção avance no Brasil.
A
defesa foi feita durante o evento “Estadão Discute Corrupção”, realizado na
sede do jornal O Estado de S.Paulo em parceria com o Centro de Debate de
Políticas Públicas (CDPP) para discutir as operações Lava Jato e Mãos Limpas. O
ministro Sergio Moro também participa do evento.
Dallagnol
defendeu o pacote de Moro enquanto discorria sobre efeitos da Lava Jato no
combate à corrupção e os desafios para que continue exercendo esse papel. “Se
queremos continuar avançando, precisamos de reformas, como o pacote anticrime”,
disse. “É possível, sim, o triunfo do retrocesso, a corrupção sempre
contra-ataca”, alertou.
Na
avaliação do procurador, é possível observar dificuldades e desafios para a
Lava Jato, mas ele considera que é preciso reconhecer avanços. “O mais
importante dos avanços foi o diagnóstico da grande corrupção brasileira”,
afirmou.
Dallagnol
disse ainda que, sem renovação da política e das práticas políticas, “os
sucessos da Lava Jato tendem ao fracasso”. Afirmou também que o Poder
Judiciário não se sobrepõe ao sistema político. Além disso, declarou que
execução provisória da pena é necessária para que delação não fique só no
papel.
De
qualquer forma, Dallagnol destacou o resultado das urnas em 2018 e disse que a
renovação política não ficou só no desejo, mas foi para a prática, contrariando
as previsões de analistas políticos.
(Estadão
Conteúdo)
Segunda-feira,
1º de abril, 2019 ás 11:31
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