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“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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28 setembro, 2018

Polícia Federal investiga Perillo e atual governador de Goiás por corrupção

O ex-governador de Goiás e candidato ao Senado pelo estado Marconi Perillo (PSDB) é alvo da Operação Cash Delivery, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta sexta (28/9). Agentes cumprem mandados de busca e apreensão em endereços de Perillo.

Também é alvo da operação o governador José Eliton, também do PSDB, que é candidato à reeleição. A PF cumpre 14 mandados de busca e apreensão e cinco de prisão temporária nas cidades de Goiânia, Aparecida de Goiânia, Pirenópolis e Aruanã, em Goiás, e em Campinas e São Paulo.

A Operação Cash Delivery investiga repasses indevidos para agentes públicos do estado de Goiás. De acordo com as apurações, a soma dos valores repassados em 2014 ultrapassa os R$ 10 milhões. A ação é baseada em acordos de delação premiada de executivos da Odebrecht.

Os suspeitos são investigados pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.

No início de setembro, Perillo se tornou réu em processo por corrupção passiva. De acordo com a denúncia aceita pela Justiça, o ex-governador foi acusado de favorecer a empreiteira Delta em contratos com o governo de Goiás em troca do pagamento de R$ 90 mil em dívidas de campanha de Perillo.

Em pesquisa de intenção de voto divulgada no dia 21 de setembro, Perillo aparece em primeiro lugar na corrida pelo Senado em Goiás, com 29% das intenções de voto. A pesquisa Ibope, encomendada pela TV Anhanguera, tem registro GO-09015/2018 no Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Goiás e registro BR-09138/2018 no Tribunal Superior Eleitoral.

Em nota, a defesa de Perillo afirma que as palavras do delator são isoladas e que não há “qualquer fiapo de indício contra o Marconi Perillo”. “A busca e apreensão na residência do ex-governador há nove dias da eleição assume um caráter claramente eleitoreiro e demonstra um abuso por parte do Ministério Público e do Poder Judiciário. É, sem dúvida, uma clara interferência, indevida e perigosa, contra a estabilidade democrática”, conclui. (DP)


Sexta-feira, 28 de setembro, 2018 ás 09:30

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