Os
atletas africanos que subiram ao pódio na 93° Corrida Internacional de São
Silvestre consideraram a prova boa, apesar dos desafios que os 15 quilômetros
(km) do percurso exige dos atletas. “Não nada fácil, ano passado estava
insegura, por isso treinei e estava confiante este ano, mas não foi fácil”,
admitiu a campeã da prova feminina a queniana Flomena Cheyech Daniel. “Estou
muito feliz de ter sido a campeã”. Ano passado a atleta ficou em segundo lugar
na competição.
A
terceira colocada na prova, a etíope Birhane Dibara Adugana, destacou o piso
molhado. “Foi difícil, porque o piso estava molhado, mas no todo foi uma prova
boa”. A segunda colocada, etíope Sintayehu Lewetegn HaileMichael, elogiou a
organização da São Silvestre. “Gostaria de agradecer a organização, a
competição foi muito boa para mim, e estou muito feliz com a posição”.
Focar
mais no treino em 2018 está nos planos da brasileira melhor colocada na São
Silvestre, Joziane Cardoso. Ela ficou com a décima segunda posição na corrida.
“As quenianas que vem são as top. Precisamos é fazer uma priorização. Eles
treinam em local com altitude e, se fizermos um trabalho diferenciado, pode ser
que a gente consiga quebrar essa hegemonia”, disse.
Apesar
de não ter subido ao pódio, Joziane gostou do resultado. “Estou feliz por ter
sido a primeira brasileira, este ano tenho obtido boas colocações. Foi muito
bom fechar com a São Silvestre. Ano que vem vou focar para estar entre as
cinco”, prometeu a atleta.
O
vencedor da prova masculino, o etíope Dawit Fikadu Admasu, agradeceu a torcida
brasileira. “Treinei muito forte pela prova. Agradeço a Deus e ao público que
torceu bastante durante o percurso”. Segundo ele, os treinos dos africanos em
regiões altas faz a diferença para obter bons resultados. “Acredito que a
altitude que faz a diferença no nosso treinamento”, destacou.
O
vice-campeão, o etíope Belay Tilahun Bezabh, considerou a prova boa e agradeceu
ao treinador. Já o queniano Edwin Kipsang Rotich, que conquistou o terceiro
lugar, disse que foi uma das provas mais fortes das quais já participou. Ele
chegou a cair quando completava o oitavo quilômetro.
“Não
foi nada bom, mas levantei rápido e vi que tinha que ir atrás dos outros
atletas. Eu não sei o que aconteceu, porque tinha muitos atletas próximos, foi
tudo muito rápido”, disse. “Esta é a quarta prova que participo, e foi uma das
mais fortes para mim, mas foi muito boa”.
O
brasileiro melhor posicionado na corrida, Ederson Vilela Pereira, concorda que
é preciso diferenciar os treinamentos para alcançar o pódio. “Temos que
repensar para 2018, e colocar algum brasileiro no pódio. Temos que nos preparar
melhor, ver no que estamos errando, para no próximo ano estarmos melhor”. Para
o atleta, que ficou em 11º lugar, o começo da prova foi a mais difícil. “Foi um
começo forte, como todos os outros, só que não consegui acompanhar o ritmo
inicial deles, vou levar para 2018 mais um aprendizado”.
O
tempo ajudou os corredores na manhã de hoje (31). O início da prova foi com
chuva fina e temperatura de 19 graus Celsius (°C), de acordo com Centro de
Gerenciamento de Emergências (CGE) da capital paulista. (ABr)
Domingo
31 de dezembro, 2017 ás 13hs00
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