Confederação
Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) captou a quinta alta
consecutiva do porcentual de famílias endividadas, de 62,2%, segundo a Pesquisa
de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) relativa ao mês de
novembro, divulgada nesta segunda-feira, 4. Em comparação a outubro, houve alta
de 0,4 ponto porcentual. Em outubro, a taxa foi de 59,6%.
Apesar
de ter registrado mais famílias endividadas, a proporção das que possuem contas
em atraso diminuiu, atingindo 25,8% do total ante 26% em outubro. Essa é a
segunda queda mensal consecutiva, após o indicador ter alcançado o maior
patamar do ano em setembro (26,5%). Comparado a novembro de 2016, no entanto,
houve alta de 1,4 ponto porcentual.
A
proporção de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou
dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes ficou estável em
10,1% entre outubro e novembro, mas apresentou alta em relação aos 9,5% de
novembro de 2016.
"A
taxa de desemprego ainda bastante alta ajuda a explicar a dificuldade das
famílias em pagar suas contas em dia e o pessimismo elevado em relação à
capacidade de pagamento", afirma Marianne Hanson, economista da CNC.
Do
total de entrevistados, 14,6% declararam estar muito endividadas, o que indica
estabilidade em relação ao mês anterior. Na comparação anual, houve alta de 0,1
ponto porcentual. O porcentual de famílias que se declararam pouco endividadas
teve leve alta na comparação mensal, tendo passado de 24,5% para 24,6% do total
de entrevistados. Em relação ao mesmo período de 2016, também ocorreu aumento,
de 0,6 ponto porcentual.
O
tempo médio de atraso para o pagamento de dívidas ficou em 64,2 dias em
novembro, superior aos 63,3 dias de novembro de 2016. Em média, o
comprometimento com as dívidas foi de 7,1 meses, sendo que 32,3% das famílias
possuem dívidas por mais de um ano. Entre as endividadas, 23,8% afirmam ter
mais da metade da sua renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas.
Para
76,9% das famílias que possuem dívidas, o cartão de crédito permanece como a
principal forma de endividamento, seguido de carnês (16,7%) e financiamento de
carro (10,4%).
Os
dados da Peic são coletados em todas as capitais dos Estados e no Distrito
Federal, com cerca de 18.000 consumidores.
Terça-feira,
5 de dezembro, 2017 ás 00hs05
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