A
Polícia Federal, o Ministério Público Federal e a Receita deflagraram na manhã
desta segunda (11) a Operação Baixo Augusta, desdobramento da Lava Jato em São
Paulo. A ação apura a existência de um esquema de propina para acelerar a
liberação de créditos tributários junto à Receita Federal.
Em
nota, a PF informou que Policiais Federais e servidores da Receita Federal
cumprem 14 mandados de busca e apreensão expedidos pela 10ª Vara Criminal
Federal de São Paulo. Os mandados são cumpridos em residências e empresas em
São Paulo, Caraguatatuba, Campos do Jordão, Cotia, Lins e Santana do Parnaíba.
Um
auditor fiscal da Receita Federal foi afastado judicialmente e oito pessoas
físicas e jurídicas tiveram seus bens bloqueados.
A
investigação teve início após o envio, pelo Supremo Tribunal Federal, de partes
do acordo de colaboração premiada firmado entre executivos da JBS e o MPF para
a Justiça Federal de São Paulo, com o fim de apurar criminalmente condutas de
pessoas que não tinham foro privilegiado.
As
provas colhidas até o momento apontam para um esquema de pagamento de propinas
que funcionou de 2004 até este ano, pelo qual um auditor fiscal seria pago para
agilizar, ilicitamente, a liberação de recursos que a companhia teria a receber
do Fisco a título de créditos tributários.
Análises
das movimentações financeiras entre os envolvidos indicam o recebimento de
aproximadamente R$ 160 milhões em propinas nos últimos 13 anos. Há indícios de
que as transações ocorriam por meio de empresas de fachada e a emissão de notas
fiscais falsas. (AE)
Segunda-feira,
11 de dezembro, 2017 ás 10hs23
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