Defensor
da lista pré-ordenada, Maia avalia que o Plenário da Câmara não deve aprovar a
ideia. “A lista pré-ordenada foi confundida com lista escondida, o que não é
verdade. Ao contrário, daria muita clareza para o processo eleitoral. Sabemos
que não será vitoriosa, e temos que admitir quando não há maioria”, afirmou.
O
presidente da Câmara defendeu uma transição nas eleições de 2018, para que o
sistema distrital misto entre em funcionamento em 2022. Neste modelo, metade
dos parlamentares continuaria sendo eleita de forma proporcional, enquanto a
outra metade chegaria à Câmara pelo voto majoritário em regiões eleitorais.
Financiamento
Maia
destacou a necessidade da aprovação de recursos para financiar campanhas. O
deputado Vicente Candido (PT-SP), relator da reforma política na Câmara, propôs
a criação do Fundo Especial de Financiamento da Democracia, com R$ 3,5 bilhões
em 2018. Nos anos seguintes, seriam de R$ 2 bilhões. O relatório de Candido
deve ser analisado amanhã em comissão especial.
Segundo
Maia, apesar de o Supremo Tribunal Federal ter declarado inconstitucional o
financiamento de campanhas eleitorais por empresas, em razão de abusos
cometidos, o Congresso poderá voltar a discutir esse mecanismo.
“Em
algum momento, com limite e transparência, podemos voltar ao financiamento
privado, mas, infelizmente, a relação da política com o setor privado passou do
limite. Para o retorno do financiamento privado, deve ser construído um sistema
eleitoral mais simples, mais barato e de mais fácil fiscalização”, disse.
Imposto de Renda
Sobre
a possibilidade de aumento das alíquotas de Imposto de Renda para melhorar a
arrecadação do governo, Rodrigo Maia foi taxativo. “[Na Câmara] não passa”,
disse.
Em
evento em São Paulo, o presidente Michel Temer admitiu que os técnicos do
governo estão realizando estudos para criar novas alíquotas do IR, mas não há
nada definido. Até junho, o rombo nas contas do governo passava de R$ 56
bilhões.
Quarta-feira,
09 de agosto, 2017 ás 8hs00
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