Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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22 agosto, 2017

'NÃO VEJO COMO TIRAR R$ 3 BILHÕES PARA FINANCIAR CAMPANHA'




O presidente da Câmara, deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira, 21, que com a atual situação fiscal do Brasil e a necessidade de se cortar gastos públicos será difícil tirar R$ 3 bilhões dos cofres do governo para financiar a campanha eleitoral de 2018. O parlamentar ressaltou, porém, que acha difícil que pessoas físicas e jurídicas queiram doar recursos de forma efetiva para as eleições do ano que vem.

Maia disse que a eleição de 2018, "certamente", não vai custar os R$ 7 bilhões da disputa de 2014. Para ele, os gastos devem ficar em torno de um terço desse valor. "A maioria dos políticos entenderá que vivemos uma outra realidade na política e na democracia brasileira." Mesmo assim, será preciso financiar R$ 2,5 bilhões, ressaltou Maia.

"Não consigo encontrar condições, pelas discussões que tive com a equipe econômica nas últimas semanas sobre a situação fiscal do Brasil, de organizar R$ 3 bilhões para financiar a campanha", disse ele, defendendo a necessidade de haver também financiamento privado na corrida eleitoral.

É compreensível que a sociedade não aceite financiamento público de campanha", disse Maia em discurso durante o Fórum Estadão que discute a reforma política. Para o parlamentar, o fundo eleitoral é melhor do que o fundo partidário para o financiamento de campanhas. Mas ele ressaltou que os dois terão dificuldade de conseguir orçamento para a eleição de 2018.

No final de seu discurso, Maia afirmou que o Congresso não vai conseguir fazer toda a reforma política agora e o debate sobre o tema vai seguir no País. "Ninguém aguenta mais o gigantismo do Estado, que só tira recursos da sociedade". "É um Estado ineficiente que serve apenas para realimentar a vontade de poucos."

Ao falar do trabalho da Câmara, Maia observou que muito tem sido feito e ressaltou que as "pessoas esquecem, mas aprovamos fim da reeleição em 2015" e também a questão do voto impresso. "Hoje o sistema é seguro, mas ele não permite recontagem de voto." (AE)

Terça-feira 22 de agosto, 2017 ás 00hs05

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