Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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15 agosto, 2017

LULA AMEAÇA, SE ELEITO PRESIDENTE, VAI CALAR GLOBO E A IMPRENSA EM GERAL



 Nos governos dos ex-presidentes Lula da Silva e Dilma Rousseff, ambos do PT, suas luas vermelhas, supostamente capitaneados pelo jornalista Franklin Martins, tentaram aprovar medidas autoritárias para controlar tanto o Ministério Público quanto a Imprensa. Não conseguiram. Por dois motivos. Primeiro, porque a sociedade reagiu, mostrando-se atenta àquilo que que parecia “pequeno”, mas, se adotado, seria o início de um governo autoritário. Segundo, ante a pressão da sociedade, as duas gestões petistas recuaram — o que sinaliza, de alguma maneira, espírito democrático.

Agora, condenado pela Justiça Federal num dos processos da Operação Lava Jato, Lula da Silva, certamente “perdendo” a cabeça e não acatando mais a orientação de advogados, disse que, se for eleito presidente na disputa de 2018, pretende regular a Imprensa. O petista está deixando de se ver como um indivíduo, sujeito às leis como quaisquer outros cidadãos, para se apresentar como uma verdadeira instituição do país — portanto, intocável. Noutras palavras, ao sugerir que vai “controlar” a Imprensa, o ex-presidente está sugerindo o que irá fazer, se eleito, para se “proteger” das críticas.

No sábado (12/08), no Rio de Janeiro, Lula da Silva disse, irado, falando na terceira pessoa (como se fosse uma instituição, como o Legislativo, o Judiciário e o Executivo): “Não vejo mais TV e nem os jornais porque todo dia é uma desgraceira contra o Lula. Querem criar animosidade e que a sociedade esqueça que Lula existiu. Que um metalúrgico sem diploma pode fazer mais que muito doutor. Não tenho orgulho de não ter diploma, mas tenho diploma de conhecer o coração do povo”. Nada disse da “desgraceira” contra o povo promovida, de maneira sistêmica, por vários políticos, como o próprio petista.

Lula da Silva, em tom de ameaça — bravatas, diria Sigmund Freud, não são meras bravatas —, frisou que, se eleito presidente, vai trabalhar para submeter a imprensa. “Quero ver o William Bonner pedindo desculpas ao presidente Lula”, disse o petista. O ataque não é apenas à TV Globo, mas a Imprensa em geral. Trata-se de um ataque à liberdade.

Dificilmente, dados aos processos judiciais, Lula da Silva será candidato a presidente. Entretanto, se for e se for eleito, não terá como fazer o que disse. Por um simples motivo: o Brasil é uma democracia e, portanto, as leis e as instituições são respeitadas.

Uma coisa é certa: está passando da hora de Lula da Silva pedir desculpas ao povo brasileiro. (Jornal Opção)

Terça, 15 de agosto, 2017

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