Alvo diversos pedidos de
impeachment, decorrentes do inquérito aberto após ser gravado e delatado por
diretores da JBS, o presidente Michel Temer (PMDB) recebeu, neste sábado (27),
aliados e ministros no Palácio do Jaburu, após a intensa semana de crise
política. O ex-presidente José Sarney (PMDB-AP) foi recebido, após Temer
almoçar com ministros.
Temer almoçou com os ministros
tucanos Antonio Imbassahy (Secretaria de Governo), Bruno Araújo (Cidades) e
Aloysio Nunes (Relações Exteriores); além do general Sérgio Etchegoyen
(Gabinete de Segurança Institucional).
Aloysio Nunes e o general
chegaram ao Jaburu acompanhados de suas mulheres, que foram recebidas pela
primeira-dama Marcela Temer.
O chanceler negou ao jornal
Estado de S. Paulo que sua reunião no final da tarde de sexta-feira (26) com o
presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, tenha sido para
tratar de uma eventual sucessão de Temer. “Como vou tratar de transição, se sou
membro do governo e apoio o presidente?”, questionou Aloysio Nunes, alegando
ter tratado de acordos internacionais.
Sarney e Temer se reuniram por
duas horas, e, no fim do encontro, tiveram a companhia do ministro Moreira
Franco, da secretaria-geral da Presidência da República. A assessoria não
informou o motivo do encontro com o ex-presidente.
Pela manhã, o governo anunciou um
acordo com parlamentares sobre o Programa de Regularização Tributária (PRT),
mais conhecido como Refis, que vinha sendo negociado há quatro dias. Na mesma
manhã, o presidente recebeu o deputado Júlio César (PSD-PI), que lidera a
bancada nordestina e tratou do projeto de lei complementar que legaliza
(convalida) incentivos fiscais concedidos pelos governos estaduais em desacordo
com a Constituição ao longo dos últimos 30 anos. A matéria será votada na
terça-feira (30).
Com o agravamento da crise após a
divulgação da delação do empresário Joesley Batista, da JBS, e a manifestação
de quarta-feira em Brasília, que terminou em confronto e depredação o Palácio
do Planalto passou a semana tentando mostrar "normalidade".
PSDB e DEM chegaram a ameaçar
deixar a base, principalmente por pressão de parlamentares, mas decidiram
esperar até o julgamento da ação contra a chapa Dilma Rousseff-Michel Temer,
marcado para o dia 6 de junho no TSE. (AE)
Domingo, 28 de Maio, 2017 as 13hs30
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