Uma perícia contratada pelo
jornal Folha de S.Paulo concluiu que o grampo que gravou a conversa entre o
bilionário Joesley Batista e o presidente Michel Temer sofreu mais de 50
edições, segundo informou o próprio jornal na noite desta sexta-feira (19).
O laudo foi realizado pelo perito
judicial Ricardo Caires dos Santos, do Tribunal de Justiça do Estado de São
Paulo. "É como um documento impresso que tem uma rasura ou uma parte
adulterada. O conjunto pode até fazer sentido, mas ele facilmente seria rejeitado
como prova", disse Santos à Folha.
De acordo com a reportagem, o
áudio não passou pela Polícia Federal, que só foi incluída no caso no dia 10 de
abril. A gravação, feita pelo bilionário na noite de 7 de março, foi entregue
diretamente à Procuradoria-Geral da República e não consta entre as “ações
controladas” da PF.
Um dos trechos considerados
cortados, é quando Joesley JBS explica a Temer que "deu conta" de um
juiz, um juiz substituto e um procurador da República, declara: "...eu
consegui [corte] me ajude dentro da força-tarefa, que tá".
Outro trecho investigado pela
Folha é quando Temer trata de ministros do STF: "Era pra me trucar, eu não
fiz nada [corte]... No Supremo Tribunal totalidade só um ou dois [corte]... aí,
rapaz mas temos [corte] 11 ministros".
Sábado, 20 de Maio, 2017 as 11hs30
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