Representantes de centrais sindicais que se
reuniram na tarde desta segunda-feira (16) com o presidente em exercício Michel
Temer afirmaram ter acertado com o peemedebista a criação de um grupo de
trabalho para discutir ao longo dos próximos 30 dias propostas para a reforma
da Previdência Social.
O
encontro, que ocorreu durante a tarde desta segunda no Planalto, foi chamado
por Temer. Segundo a assessoria do peemedebista, participaram da reunião os
ministros Eliseu Padilha (Casa Civil), Henrique Meirelles (Fazenda) e Ronaldo
Nogueira (Trabalho), além de integrantes da Força Sindical, União Geral dos
Trabalhadores (UGT), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB) e da Nova Central
Sindical de Trabalhadores.
Segundo os integrantes das centrais, o grupo
de trabalho se reunirá na próxima quarta (18) e será formado por integrantes
indicados pelas entidades e pelo ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha. O G1
procurou a assessoria de Padilha para confirmar a informação, e aguardava
resposta até a última atualização desta reportagem.
Segundo
o presidente da Força Sindical, o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), a
primeira reunião do grupo deve ocorrer na próxima quarta (18).
“Primeiro,
ele [Temer] disse que o objetivo não é tirar direito de ninguém. Deixou isso
claro. Segundo, o governo tem urgência de resolver essa questão da Previdência.
[…] O presidente sugeriu, logo de cara, a criação de um grupo de trabalho para
discutir e dialogar. O grupo terá prazo de 30 dias para resolver isso e será
coordenado pelo ministro [Eliseu] Padilha [da Casa Civil]. [Temer] pediu que as
centrais indicassem os representantes para que, em 30 dias, se tenha uma
proposta [para a Previdência]”, disse Paulinho.
Após
a fala do dirigente da Força, o presidente da UGT, Ricardo Patah, destacou que,
no governo da presidente afastada Dilma Rousseff já havia sido criado o chamado
“Fórum Quatripartite”, também com o objetivo de elaborar propostas para a
Previdência.
Na avaliação de Patah, porém, o grupo “não
andou” porque, segundo ele, o ex-ministro do Trabalho e Previdência Social
Miguel Rossetto demonstrava “claramente” que sentia “desconforto” com “qualquer
mudança”. “Quer dizer, a gente percebia que o lado que ele estava era o nosso
lado”, observou.
Ao
falar sobre a criação do novo grupo, o presidente da UGT, que já havia dito que
“o mais importante” no momento é “estancar a sangria” do desemprego, declarou
somente que “o fórum servirá para buscar alternativas”.
Por:
Filipe Matoso
Segunda-feira,
16 de maio de 2016
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