O
governo ainda não fechou um nome para a presidência da Agência Nacional de
Cinema (Ancine), mas a pessoa terá um perfil conservador como o governo. A
afirmação é do ministro da Cidadania, Osmar Terra, ao comentar as declarações
do presidente Jair Bolsonaro de que o novo presidente da agência reguladora
deveria ser evangélico.
“Esse
governo é conservador nos costumes e liberal na economia. Então tem que ter um
perfil, já estamos indicando uma pessoa para a Ancine, vai vagar uma diretoria
agora em outubro e será indicada outra pessoa e vamos ver quem é o melhor nome para
isso”.
Ele
lembrou que a Ancine é formada por quatro diretorias e o presidente é escolhido
entre os ocupantes. Terra confirmou que para uma vaga já foi indicada a
diplomata de carreira do Itamaraty Paula Alves de Souza.
Sobre
a previsão orçamentária do Fundo Setorial do Audiovisual para 2020 ser 43%
menor do que o deste ano, o ministro afirmou que uma proposta orçamentária só
vai ser definida após reunião do Conselho Superior de Cinema, que deve ocorrer
na semana que vem. “Nós estamos reorganizando o setor, por enquanto tem
propostas, não tem corte nenhum”.
Congresso
no Rio
Osmar
Terra conversou com a imprensa após participar da abertura do 25º Congresso da
Associação Brasileira de Estudos do Álcool e outras Drogas, que acontece no Rio
de Janeiro até sexta-feira (13/09). Na palestra, ele reforçou que a política do
governo federal é baseada na ideia de que há uma epidemia de uso de drogas no
país e defendeu tratamentos focados em comunidades terapêuticas e na
abstinência. Ele se posicionou fortemente contrário à regulamentação, inclusive
medicinal, de derivados da maconha.
O
Ministro reforçou também que apesar dos contingenciamentos, os programas
sociais do governo continuam e que neste ano os beneficiários do Programa Bolsa
Família receberão 13ª parcela. Ele anunciou uma parceria com o Sistema S para a
oferta de cursos de formação para jovens de famílias beneficiadas pelo
programa.
“Nós
estamos vendo de que maneira a gente pode trazer esse público do Bolsa Família
para o mundo do trabalho, emprego e renda. Estamos começando agora uma grande
parceira com o Sistema S, para capacitação profissional, temos R$ 4,7 bilhões
no Banco Central, em depósito compulsório, para microcrédito para os jovens.
Nós vamos focalizar nos jovens do Bolsa Família, nós temos 4,6 milhões de
jovens do incluídos no programa que não trabalham nem estudam”, explicou. (ABr)
Quinta-feira,
12 de setembro ás 18:00
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