Liberdade de expressão

“É fácil submeter povos livres: basta retirar – lhes o direito de expressão”. Marechal Manoel Luís Osório, Marquês do Erval -15 de abril de 1866

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13 setembro, 2019

Após terremoto eleitoral de 2018, PSL se torna ‘novo-rico’ para 2020



Os ventos da renovação política que varreram o país na eleição de 2018 ajudaram a levar Jair Bolsonaro à Presidência da República, trouxeram ao palco principal partidos como PSL, Novo e Podemos, e fragilizaram legendas tradicionais como PSDB e MDB, mas seu impacto ainda se estenderá para a eleição do ano que vem. E o impacto será causado pelo dinheiro.

Criado em 2017, o Fundo Especial de Financiamento de Campanhas – ou Fundo Eleitoral, como ficou conhecido – surgiu como uma alternativa ao financiamento privado de candidaturas, que foi proibido pelo Supremo Tribunal Federal na esteira dos escândalos em série envolvendo doações eleitorais por meio de caixa dois revelados pela Operação Lava Jato.

O fundo, formado com recursos públicos – ou seja, do contribuinte – , destinou R$ 1,7 bilhão a 35 partidos políticos na eleição de 2018. Além do quase certo aumento do montante total, a distribuição também irá mudar para 2020, já que ela irá levar em conta o desempenho das legendas na votação do ano passado para o Congresso.

O dinheiro é dividido com base em quatro critérios: 1) 2% é rateado igualmente entre todas as legendas registradas no Tribunal Superior Eleitoral; 2) 35% é dividido entre os partidos que tenham ao menos um deputado federal, na proporção dos votos totais obtidos pela legenda na eleição para a Câmara; 3) 48% é direcionado de acordo com o número de deputados federais que cada sigla possui; e 4) 15% é destinado segundo as bancadas de cada agremiação no Senado.

A proposta de Orçamento enviada pelo governo Jair Bolsonaro prevê, por enquanto, R$ 2,5 bilhões para o Fundo Eleitoral em 2020. Com base nesse valor e levando em conta os critérios fixados pelo TSE, VEJA fez uma estimativa de quanto cada partido teria na disputa do ano que vem, quando estarão em jogo os cargos de prefeito e de vereador. E as legendas que foram muito bem em 2018 se tornarão de fato os “novos-ricos” da corrida eleitoral em 2020.

Ninguém ficou com o cofre mais cheio que o PSL, que saiu da inexpressividade para se tornar um grande fenômeno eleitoral em 2018: elegeu 52 deputados federais (a segunda maior bancada, atrás do PT, com 54), quatro senadores e três governadores. Como recompensa, o caixa eleitoral do partido vai saltar de R$ 9,2 milhões, na eleição de 2018, para R$ 247,4 milhões, um aumento de 2.589%.

Crescimento percentual maior só teve o Novo, partido criado em 2015, mas que se consolidou na eleição passada ao eleger um governador – Romeu Zema, de Minas Gerais) e os primeiros oito deputados de sua história. O repasse do Fundo Eleitoral vai saltar nada menos que 4.360%, indo de R$ 980,6 mil para R$ 44, 6 milhões. (Veja)

Sexta-feira, (13 /09/2018)  

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