No
discurso de diplomação, o presidente eleito, Jair Bolsonaro, prometeu segunda-feira
(10/12) governar para todos, sem qualquer distinção ou discriminação. Bolsonaro
pediu a confiança daqueles que não votaram nele. Também afirmou que o voto
popular é um “compromisso inquebrantável”. Segundo ele, a construção de uma
nação mais justa depende da “ruptura de práticas que retardaram o progresso no
país”, como mentiras e manipulação.
“A
partir de 1º de janeiro, serei o presidente dos 210 milhões de brasileiros.
Governarei em benefício de todos sem distinção de origem social, raça, sexo,
cor, idade ou religião”, afirmou o presidente eleito durante a cerimônia de
diplomação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Bolsonaro
disse que a diplomação representa o reconhecimento da decisão do eleitorado
brasileiro, em “eleições livres e justas”. Agradeceu o trabalho da Justiça
Eleitoral, o apoio da família e os 57 milhões de votos. Em primeiro lugar,
agradeceu a Deus por estar vivo, após ter sido esfaqueado no início da campanha
eleitoral.
Afirmou
que cumprirá sua determinação de transformar o país em um local de justiça
social. “Eu me dedicarei dia e noite a um objetivo que nos une: a construção de
um Brasil próspero, justo, seguro e que
ocupe o lugar que lhe cabe no mundo.”
Democracia
O
presidente eleito lembrou que o Brasil deu um exemplo de respeito à democracia
nas eleições de outubro. “Em um momento de profundas incertezas, somos um
exemplo que a transformação pelo voto popular é possível. Este processo é
possível. O nosso compromisso com o voto popular é inquebrantável. Os desejos
de mudanças foram expressos nas eleições.”
Bolsonaro
disse ainda que só com rupturas de algumas práticas haverá avanços. “A
construção de uma nação mais justa e desenvolvida requer uma ruptura com práticas
que retardaram o nosso progresso, não mais violência, não mais as mentiras, não
mais manipulação ideológica, não mais submissão de nosso destino.”
Novas tecnologias
Para
o presidente eleito, as novas tecnologias demonstraram sua força nas urnas. “As
eleições de outubro revelaram uma realidade distinta das práticas do passado. O
poder popular não precisa mais de intermediação. As novas tecnologias
permitiram uma eleição direta entre o eleitor e seus representantes. Esse novo
ambiente, a crença na liberdade, é a melhor garantia dos ideiais que balizam a
nossa Constituição.”
Família
Bolsonaro
agradeceu o apoio da família, citou a mulher Michelle, os cinco filhos e a mãe
Olinda, de 91 anos. Ao mencionar o nome da caçula, Laura, 8 anos, acenou para a
menina que estava sentada na plateia .(ABr)
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