A
estrutura definitiva da Esplanada dos Ministérios no governo de Jair Bolsonaro
foi apresentada na tarde de segunda-feira (3/12), em coletiva de imprensa, pelo
ministro extraordinário da transição, Onyx Lorenzoni. Inicialmente, serão 22
ministérios (veja a lista abaixo), incluindo Banco Central (BC) e
Advocacia-Geral da União (AGU). Esses dois órgãos, no entanto, deverão perder o
status de ministério na próxima gestão, reduzindo posteriormente o número de
pastas a 20.
No
caso do BC, o novo governo defenderá aprovação da autonomia e independência da
autarquia. Já em relação à AGU, a ideia é apresentar uma mudança constitucional
para prever que toda ação judicial que envolva atuação do governo federal tenha
como foro judicial os tribunais superiores. Com isso, o governo poderia abrir
mão do status de ministério da AGU, que dava foro especial ao advogado-geral da
União para processos movidos em primeira instância.
O
presidente eleito Jair Bolsonaro terá uma assessoria especial específica para
cuidar de sua comunicação pessoal. Essa estrutura estará vinculada diretamente
ao gabinete presidencial e deverá ser responsável pela gestão das redes sociais
do presidente, muito usadas por ele para manifestar posições e se comunicar com
a população. Já a comunicação institucional de governo, incluindo as verbas
oficiais de publicidade, será mantida na Secretaria de Comunicação, que ficará
vinculada à Secretaria Geral da Presidência da República, comandada pelo
advogado Gustavo Bebiano. A pasta também será responsável por um programa de
modernização do Estado e pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) do
governo.
A
Casa Civil, que será comandada por Onyx Lorenzoni, manterá as atribuições de
comando de governo e será responsável pela articulação política no Congresso
Nacional. Segundo Onyx, serão criadas duas secretarias específicas para cuidar
das relações com a Câmara dos Deputados e o Senado Federal, uma para cada Casa.
Elas serão integradas por ex-parlamentares. A relação do governo federal com
estados e municípios será atribuição da Secretaria de Governo, sob o comando do
general Santos Cruz. Ele também ficará responsável pelo Programa de Parcerias e
Investimentos (PPI), que tem uma carteira de mais de 40 projetos e cerca de R$
20 bilhões previstos em investimentos.
Onyx
Lorenzoni também confirmou a extinção do Ministério do Trabalho e a
redistribuição das atribuições da pasta entre os ministérios da Justiça e
Segurança Pública, da Cidadania e Economia. “O Ministério do Trabalho passa a
estar contido, majoritariamente, no Ministério da Justiça. Lá está, com
certeza, a secretaria que cuida das [concessões de] cartas sindicais, que foi
foco de problemas. Ela vai estar sob controle do doutor Moro. No Ministério da
Economia, vai estar a questão da fiscalização e políticas públicas para o
emprego, e há uma parte menor no Ministério da Cidadania, como a Secretaria de
Economia Solidária”, explicou.
O
próximo governo também manterá o Ministério dos Direitos Humanos, que incluirá
uma Secretaria de Políticas para as Mulheres, além de questões relacionadas à
igualdade social e políticas para a população LGBT. (ABr)
Confira os 22 ministérios
do governo de Jair Bolsonaro a partir de 2019
–
Casa Civil
–
Secretaria Geral da Presidência da República
–
Secretaria de Governo
–
Gabinente de Segurança Institucional (GSI)
–
Advocacia-Geral da União (AGU)*
–
Banco Central*
–
Economia
–
Agricultura
–
Meio Ambiente
–
Direitos Humanos
–
Ciência, Tecnologia e Comunicação
–
Relações Exteriores
–
Defesa
–
Cidadania
–
Educação
–
Saúde
–
Justiça e Segurança Pública
–
Turismo
–
Infraestrutura
–
Desenvolvimento Regional
–
Transparência
–
Minas e Energia
Segunda-feira,
03 de dezembro, 2018 ás 19:00
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