Após duas horas reunido com o
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL) e lĆderes dos partidos, o
presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, definiu o rito do
julgamento final da presidenta afastada, Dilma Rousseff, que serĆ” presidido por
ele.
Pelo calendƔrio, o julgamento terƔ
inĆcio na quinta-feira, 25 de agosto, Ć s 9h e, segundo estima o ministro, deve
durar no mĆnimo quatro dias. Os dois primeiros dias serĆ£o dedicados Ć
apresentação de questões de ordem e à oitiva das oito testemunhas arroladas. A
acusação, que abriu mão de quatro nomes, vai apresentar apenas duas
testemunhas, enquanto a defesa manteve as seis a que tem direito.
Fim
de semana
Um dos pontos mais polĆŖmicos na
definição do rito do julgamento foi em relação à realização de sessões no fim
de semana. Pressionado pelo grupo aliado ao presidente interino Michel Temer,
que insistiu que os trabalhos continuassem no sƔbado e no domingo, Lewandowski
que não queria sessões no fim de semana, fez uma concessão. Decidiu que, se for
preciso, a fase de oitiva de todas testemunhas poderƔ se estender atƩ a
madrugada de sƔbado.
O acordo para suspender a sessão após
a oitiva das testemunhas e a expectativa de que isso ocorra na madrugada de
sÔbado, no entanto, trouxe preocupação aos senadores da base de Dilma. Para
Lindbergh Farias (PT-RJ) não vai dar tempo de ouvir todas as testemunhas dentro
do prazo estimado por Lewandowski e o julgamento deverƔ ocupar tambƩm o fim de
semana.
“Nós fizemos uma conta e se 40
senadores perguntarem a cada testemunha, esses 40 senadores significam oito
horas e meia [para cada testemunha]”, disse, contrariado. “Nós nĆ£o querĆamos
que esse julgamento adentrasse o fim de semana. Do jeito que foi feito, tudo
indica que vai adentrar sÔbado e talvez o domingo. HÔ uma pressão do pessoal da
base governista, argumentando uma viagem do Temer para a China. Ora, julgamento
de uma presidente da RepĆŗblica nĆ£o pode ser assim”, afirmou.
O lĆder do DEM, senador Ronaldo Caiado
(GO), tem a mesma percepção de que nĆ£o serĆ” possĆvel aos senadores concluĆrem a
oitiva das testemunhas antes do fim de semana. “Nós definimos o prazo final das
testemunhas atƩ a madrugada de domingo para segunda-feira. E na segunda a
presidente terÔ todo o espaço para iniciar aqui, às 9 horas da manhã, o seu pronunciamento
e as respostas a todas as perguntas formuladas”, prevĆŖ. Para Caiado, o mais
provÔvel é que o julgamento termine entre a noite de terça-feira e a manhã de
quarta (31).
Oitiva
de Dilma
Esgotada essa etapa, na segunda-feira
(29) os trabalhos jĆ” seriam retomados com a oitiva da presidenta afastada Dilma
Rousseff que, pela primeira vez, virĆ” pessoalmente ao Senado se defender das
acusaƧƵes de que teria cometido crime de responsabilidade. Dilma terƔ 30
minutos para fazer sua defesa mas, segundo Lewandowski, esse tempo poderĆ” ser
prorrogado pelo tempo que for necessƔrio.
A partir daĆ, o presidente do STF,
senadores, acusação e defesa terão cinco minutos cada para fazer perguntas a
Dilma. NĆ£o haverĆ” limite de tempo para resposta da petista.
Ao final da participação da presidenta
afastada, acusação e defesa terão uma hora e meia para debater o processo.
Serão permitidas ainda réplica e tréplica de uma hora. Se a acusação não
utilizar a réplica, não haverÔ tempo para a tréplica da defesa.
A partir daĆ senadores inscritos
também poderão discutir o processo. Cada parlamentar terÔ dez minutos.
Na etapa seguinte, o presidente do
Supremo lerÔ um resumo do processo com as fundamentações da acusação e da
defesa. Dois senadores favorƔveis ao impeachment de Dilma e dois contrƔrios
terão cinco minutos cada para encaminhamento de votação.
Após o encaminhamento, Lewandowski
farĆ” aos senadores a seguinte pergunta: "Cometeu a acusada, a senhora
presidente da RepĆŗblica, Dilma Vanna Roussef, os crimes de responsabilidade
correspondentes à tomada de empréstimos junto à instituição financeira
controlada pela União e à abertura de créditos sem autorização do Congresso
Nacional, que lhes são imputados e deve ser condenada à perda do seu cargo,
ficando, em consequĆŖncia, inabilitada para o exercĆcio de qualquer função
pĆŗblica pelo prazo oito anos?"
Votação
A votação serÔ nominal, via painel
eletrƓnico. Se pelo menos 54 dos 81 senadores votarem a favor do impeachment,
Dilma serĆ” definitivamente afastada e ficarĆ” inelegĆvel por 8 anos a partir do
fim de 2018, quando se encerraria o seu mandato. Caso esse mĆnimo de votos nĆ£o
seja alcanƧado, o processo Ʃ arquivado e a petista reassume o mandato. (ABr)
MAIA DIZ NĆO
TER CONHECIMENTO DE CONDUTA QUE DESABONE ARGELLO
Arrolado como testemunha de defesa do
ex-senador Gim Argello (PTB-DF), rƩu na Lava Jato acusado de cobrar propina de
R$ 5,3 milhƵes para poupar empreiteiros das CPIs da Petrobras em 2014, o
presidente da Câmara dos Deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) afirmou ao juiz Sérgio
Moro que o ex-parlamentar rĆ©u da Lava Jato nunca lhe pediu algo ilĆcito e que
não tem conhecimento de nenhuma conduta que desabone Argello.
O presidente da CĆ¢mara respondeu por
escrito às 13 perguntas da defesa de Argello, preso desde abril na Operação
Vitória de Pirro - 28.ª fase da Lava Jato.
As respostas de Maia datam da
segunda-feira(15), e as respostas foram anexadas quarta-feira (17), aos autos
da ação penal em que o ex-senador é réu por corrupção passiva, lavagem de
dinheiro e associação criminosa.
No documento de cinco pƔginas, Maia
responde de forma sucinta aos questionamentos sobre o funcionamento das CPIs
Mistas no Congresso e nega ter recebido qualquer pedido de Argello para não
votar requerimentos de convocação de empreiteiros na CPI.
Ele tambƩm negou que Argello tenha lhe
pedido para não convocar empresÔrios ou mesmo que o ex-senador o teria abordado
para convencer outra autoridade a não convocar empreiteiros.
Em 2014 foram instauradas uma CPI no
Senado e uma CPI Mista (que envolve o Senado e a CĆ¢mara dos Deputados) para
apurar as suspeitas de irregularidades na Petrobras que começavam a vir à tona
com a Lava Jato.
Em nenhuma das comissƵes, porƩm, foi
aprovada a convocação dos empreiteiros investigados pela operação para depor.
Nesta denĆŗncia, decorrente da 28ĀŖ fase
da Lava Jato, Gim Argello e outros oito réus são acusados de arquitetar um
esquema de pagamento de ao menos R$ 5,3 milhƵes em propinas de empresas para
evitar a convocação de empreiteiros investigados na Lava Jato para depor nas
CPIs no Senado e no Congresso em 2014.
Naquele ano foram instaladas uma CPI
Mista e uma CPI no Senado e nenhuma delas convocou empreiteiros das grandes
construtoras para depor.
Nesta investigação, a Lava Jato, com
base nas delaƧƵes de vƔrios empreiteiros, revelou que o ex-senador teria
cobrado R$ 5 milhƵes de cada uma de sete empreiteiras que atuaram no cartel na
Petrobras.
Algumas empresas, como a Andrade
Gutierrez, por exemplo, acabaram não pagando a propina e por isso seus
executivos não foram denunciados no processo criminal contra Gim Argello.
Ao menos a OAS e a UTC, contudo,
teriam acertado os pagamentos, sendo que parte da quantia foi repassada via
doações oficiais para os partidos da coligação de Argello nas eleições de 2014
- formada por DEM, PR, PMN, PRTB e PTB.
Outra parte foi repassada para uma paróquia em BrasĆlia.
O Ministério Público Federal não
atribui nenhuma irregularidade aos partidos da coligação pois, segundo os
investigadores, não hÔ provas de que eles tinham conhecimento de que o
pagamento era decorrente dos crimes de Argello. As empreiteiras não comentam as
acusaƧƵes. (AE)
LEI DA FICHA LIMPA PARECE TER SIDO FEITA POR BĆBADOS, DIZ MENDES
O presidente do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE) e ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes,
criticou na quarta-feira a Lei da Ficha Limpa, de iniciativa popular, dizendo
que a legislação parece ter sido feita por “bĆŖbados”. Segundo a Lei da Ficha
Limpa, serĆ£o inelegĆveis os candidatos que tiverem suas contas rejeitadas.
“Essa lei jĆ” foi malfeita, eu jĆ” disse
no plenƔrio. Sem querer ofender ninguƩm, mas jƔ ofendendo, que parece que foi
feita por bêbados. à lei malfeita. Ninguém sabe se é contas de gestão, de
governo”, criticou o ministro, durante a sessĆ£o plenĆ”ria do STF.
O comentƔrio do presidente do TSE foi
feito durante a construção da tese – que Ć© um resumo do entendimento dos
ministros feito ao final do julgamento – de um caso envolvendo a rejeição das
contas de candidatos.
Na semana passada, o Supremo Tribunal
Federal (STF) decidiu, por seis votos a cinco, que cabe às câmaras municipais
dar a palavra final sobre as contas de candidatos. Dessa forma, polĆticos que
tiveram suas contas rejeitadas pelo Tribunal de Contas local poderão concorrer
nas próximas eleições, caso elas não tenham sido rejeitadas pelas câmaras
municipais. As contas de governo mostram a execução orçamentÔria, planos de
governo e programas governamentais, além de limites de gastos para saúde,
educação e pessoal. JÔ as contas de gestão são acompanhadas de notas fiscais,
liquidações, ordenamentos. (Com Estadão Conteúdo)
TEMER TRANSFERE AO PMDB USO DE VERBAS CONTRA A SECA NO NORDESTE
Na mesma semana em que comeƧou a
campanha eleitoral nos municĆpios brasileiros, o presidente em exercĆcio Michel
Temer (PMDB) retirou dos governadores do Nordeste a execução de obras
destinadas ao combate Ć seca para transferi-la ao Departamento Nacional de
Obras Contra as Secas (Dnocs), órgão controlado predominantemente por
peemedebistas.
O PalƔcio do Planalto tambƩm decidiu
aumentar o valor repassado a Estados governados pelo PMDB, como Sergipe e
Alagoas. A decisão ocorreu após uma reunião no PalÔcio do Jaburu, no domingo,
14, entre Temer e o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho,
presidente em exercĆcio do PMDB do ParĆ” e filho do senador Jader Barbalho
(PMDB-PA).
A decisão reverte um acordo feito pela
presidente afastada Dilma Rousseff de que caberia aos governadores a gestão
desses recursos. A gerĆŖncia das verbas para obras contra seca costuma ser
disputada por nomes de todos os partidos pelo fato de servir como arma
eleitoral por polĆticos da regiĆ£o.
A liberação dos recursos foi
autorizada por Temer com a edição da uma medida provisória no fim de julho que
abriu crƩdito extraordinƔrio de R$ 789,9 milhƵes para aƧƵes emergenciais no
Nordeste, que enfrenta o quinto ano consecutivo de seca, segundo a AgĆŖncia
Nacional de Ćguas (ANA). Parte do valor serĆ” destinada para obras emergenciais,
como a construção de adutoras e perfuração e instalação de poços.
Segundo o Ministério da Integração
Nacional, a decisão de transferir a gestão dos recursos se deu porque, na
avaliação do governo, o Dnocs Ć© o órgĆ£o que tem “anos de experiĆŖncia em obras
contra a seca”. “A expertise do Dnocs estĆ” acima de qualquer questionamento. Ć
o órgĆ£o que tem mais know-how e especialização em obras emergenciais de seca”,
disse o ministro, por meio de sua assessoria.
Dos nove Estados do Nordeste, só o
Maranhão não faz parte do plano, pois não enfrenta seca como os outros. Na
regiĆ£o, segundo pesquisas, Temer tem o maior Ćndice de rejeição.
Indicações. A decisão de Temer
favorece o PMDB na medida em que o Dnocs Ć© controlado na maior parte dos
Estados pelo partido. No CearĆ”, por exemplo, o lĆder do PMDB no Senado, EunĆcio
Oliveira, é o responsÔvel pela indicação tanto do coordenador regional quanto
do diretor-geral nacional do órgĆ£o. O senador Ć© adversĆ”rio polĆtico do
governador cearense, Camilo Santana (PT).
No Rio Grande do Norte, a indicação do
coordenador do órgão partiu do senador Garibaldi Alves (PMDB) e do ex-ministro
Henrique Eduardo Alves (PMDB). Ambos são adversÔrios do governador Robinson
Faria (PSD). Na ParaĆba, o favorecido serĆ” o senador JosĆ© MaranhĆ£o (PMDB-PB),
padrinho do coordenador regional do Dnocs. Ele Ʃ adversƔrio do governador
Ricardo Coutinho (PSB), que se posicionou contra o impeachment de Dilma.
Em Estados administrados pelo PMDB, as
obras também serão tocadas pelo Dnocs, mas a Integração Nacional ampliou os
recursos que serão enviados, por ordem de Temer.
Para Alagoas, governado por Renan
Filho (PMDB), o presidente em exercĆcio mandou aumentar o repasse de R$ 2 milhƵes
para R$ 10 milhƵes, segundo a pasta. O governador Ʃ filho do presidente do
Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que vem se aproximando de Temer nas Ćŗltimas
semanas. O mesmo aconteceu em Sergipe, administrado por Jackson Barreto (PMDB),
onde saltarƔ de R$ 3 milhƵes para R$ 10 milhƵes.
Nos Estados controlados pela oposição,
a decisĆ£o favoreceu aliados de Temer, como no PiauĆ, administrado pelo petista
Wellington Dias, onde o Dnocs Ć© comandado por aliados do senador Ciro Nogueira
(PP).
‘Politização’. Governadores criticaram
a decisĆ£o de Temer. “NĆ£o quero acreditar que isso foi feito por questƵes
polĆticas”, disse o governador do CearĆ”. Robinson Faria disse ter recebido “com
surpresa” a decisĆ£o.
JÔ o candidato a vice-prefeito de João
Pessoa (PMDB-PB), deputado Manoel JĆŗnior, avalia que os governos estaduais
“politizam” a execução dos recursos. “Quando o governo manda dinheiro, eles só
gastam nos municĆpios que eles tĆŖm interesse.” EunĆcio reconhece o sucateamento
do Dnocs, mas diz que a mudanƧa vai contribuir para revalorizƔ-lo.
Demissão. A decisão do ministro da
Integração Nacional, Helder Barbalho, de transferir a gestão dos recursos de
combate à seca na Região Nordeste dos governadores para o Dnocs foi um dos
motivos que levaram ao pedido de demissão do secretÔrio nacional de Proteção e
Defesa Civil, o general do Exército Adriano Pereira Júnior. A secretaria é
ligada ao Ministério da Integração Nacional.
Pereira JĆŗnior estava no cargo desde
outubro de 2013, no primeiro mandato de Dilma Rousseff. O general foi o
responsƔvel por firmar um acordo no qual os governadores ficavam encarregados
de gerir os recursos para o combate Ć seca. “Foi apenas um dos problemas, mas
nĆ£o foi determinante para minha saĆda”, disse ao Estado o general, que se
posicionou contra a medida.
Pereira JĆŗnior afirmou que tinha
colocado o cargo à disposição desde que Temer assumiu a Presidência
interinamente e que Helder Barbalho jĆ” tinha indicado que o demitiria. “Só
resolvi antecipar”, disse. (AE)
JUSTIĆA ELEITORAL DIVULGA REPRESENTATIVIDADE DOS PARTIDOS PARA EFEITO DE DEBATES E HORĆRIO GRATUITO
A
CĆ¢mara dos Deputados enviou ofĆcio ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE)
informando o histórico da movimentação de deputados federais entre partidos
polĆticos na atual legislatura. Os dados serĆ£o utilizados pela JustiƧa
Eleitoral para definir a representatividade das legendas para fins de debates
na campanha de 2016 e também para a distribuição da propaganda no horÔrio
eleitoral gratuito no rĆ”dio e na televisĆ£o, que terĆ” inĆcio a partir de 26 de
agosto.
Confira
a tabela
consolidada pela
Assessoria Consultiva do TSE sobre a representatividade dos partidos polĆticos,
a partir das informaƧƵes prestadas no ofĆcio da CĆ¢mara dos Deputados ao TSE. Os
dados foram corroborados pelas informaƧƵes registradas no Sistema Filiaweb da
JustiƧa Eleitoral.
Para
fins de debate, foram consideradas as migrações de deputados federais não
contestadas ou cuja justa causa para a mudanƧa do parlamentar de partido tenha
sido reconhecida pela JustiƧa Eleitoral.
Para
efeito de distribuição da propaganda no horÔrio eleitoral gratuito, somente
foram consideradas as migraƧƵes originƔrias efetivadas no prazo de 30 dias do
registro no TSE do partido criado depois do inĆcio da atual legislatura da
CĆ¢mara dos Deputados.
Debates
Pela
Resolução TSE nª 23.457/2015, que dispõe sobre propaganda eleitoral, uso e
geração do horĆ”rio gratuito e condutas ilĆcitas nas eleiƧƵes de 2016, os
debates, transmitidos por emissora de rÔdio ou de televisão, serão realizados
segundo as regras estabelecidas em acordo feito entre os partidos polĆticos e a
pessoa jurĆdica interessada na realização do evento, dando-se ciĆŖncia Ć JustiƧa
Eleitoral.
SĆ£o
considerados obrigatoriamente aptos a participar dos debates que ocorrerem no
primeiro turno das eleições os candidatos filiados a partido com representação
superior a nove parlamentares na CĆ¢mara dos Deputados e que tenham requerido o
registro de candidatura na JustiƧa Eleitoral. Julgado o registro, permanecem
aptos apenas os candidatos com registro deferido ou, se indeferido, os que
estejam sub judice (com recurso em fase de julgamento).
Os
debates transmitidos na televisão deverão utilizar, entre outros recursos,
subtitulação por meio de legenda oculta, janela com intĆ©rprete da LĆngua
Brasileira de Sinais (Libras) e audiodescrição.
HorƔrio
eleitoral gratuito
JĆ”
as emissoras de rÔdio e televisão deverão reservar dois blocos de dez minutos
cada, duas vezes por dia, de segunda a sƔbado, no caso de campanha para
prefeito, pois a Reforma Eleitoral de 2015 (Lei nĀŗ 13.165) acabou com a
propaganda eleitoral em bloco para vereador. No rƔdio, a propaganda serƔ
transmitida das 7h às 7h10 e das 12h às 12h10. Na televisão, os candidatos vão
apresentar suas propostas das 13h Ć s 13h10 e das 20h30 Ć s 20h40.
JĆ”
as inserções serão veiculadas em tempos de 30 e 60 segundos para prefeito e
vereador, de segunda a domingo, em um total de 70 minutos diĆ”rios, distribuĆdos
ao longo da programação entre 5h e 00h.
A
divisão deverÔ obedecer à proporção de 60% para prefeito e 40% para vereador.
Em relação aos diversos fusos dos estados, o horÔrio da propaganda eleitoral
gratuita deverĆ” sempre considerar o horĆ”rio oficial de BrasĆlia.
CritƩrios
para distribuição
O
cƔlculo do tempo a que cada candidato terƔ direito serƔ feito pelo juiz
eleitoral de cada municĆpio a partir do dia 15 de agosto, prazo final para que
os partidos registrem seus candidatos na Justiça Eleitoral. A resolução que
disciplina as regras para a propaganda prevĆŖ que o juiz deve convocar os
partidos e representantes das emissoras de rÔdio e de televisão para elaborarem
um plano de mĆdia que garanta a todos a participação nos horĆ”rios de maior e
menor audiĆŖncia.
Conforme
prevê a Lei das Eleições (Lei nº 9.504/97), a divisão da propaganda deverÔ
ocorrer da seguinte forma: 90% distribuĆdos proporcionalmente ao nĆŗmero de
representantes que o partido tenha na CĆ¢mara dos Deputados, considerados, no
caso de coligação para eleições majoritÔrias, o resultado da soma do número de
representantes dos seis maiores partidos que a integrem e, nos casos de
coligações para eleições proporcionais, o resultado da soma do número de
representantes de todos os partidos que a integrem. Os outros 10% devem ser
distribuĆdos igualitariamente.
Quinta-feira, 18 de agosto, 2016
Nenhum comentƔrio:
Postar um comentƔrio