A
colunista da Folha de S. Paulo Mônica Bergamo disse que o ex-presidente Lula
deve aceitar o convite da presidente Dilma Rousseff para ser ministro.
“A
informação foi confirmada por um dos principais assessores da presidente”,
escreve.
Ele
deve se encontrar com Dilma amanhã, em Brasília, para discutir as várias
possibilidades de se integrar ao governo.
O
petista pode ir para a Casa Civil, no lugar de Jaques Wagner, ou para a
Secretaria de Governo, no lugar de Ricardo Berzoini.
A
segunda opção é tida como mais provável já que, no cargo, Lula não se
envolveria em questões burocráticas, ficando livre para a sua principal missão:
negociar com o PMDB para evitar o desembarque do governo e a abertura de um
processo de impeachment contra a presidente.
A
ida de Lula para o governo é considerada pela equipe de Dilma como a última
cartada para evitar um processo de impeachment contra ela.
Um
outro efeito da nomeação é que, no ministério, Lula ganhará foro privilegiado,
o que impediria que ele segue sendo investigado por procuradores em São Paulo e
também na Lava Jato em Curitiba.
As
investigações sobre o ex-presidente seriam deslocadas para a Procuradoria-Geral
da República, em Brasília, e supervisionadas pelo STF (Supremo Tribunal
Federal).
Para
se defender da acusação de que Lula, na verdade, estaria fugindo da Justiça,
dirigentes do PT já usam o argumento de que os ministros do STF, que passarão a
comandar as investigações do ex-presidente, são os “juízes dos juízes”, em tese
os mais capazes do país e que podem inclusive reformar decisões do próprio
Moro.
Conforme
a coluna informou na terça passada (8), o PT lançou a ideia logo depois que ele
foi conduzido coercitivamente para depor, por decisão de Moro.
A
nomeação de Lula para um ministério gera polêmica até mesmo entre seus
seguidores. Assessores próximos do ex-presidente são contra. Aliados políticos,
como o prefeito Fernando Haddad e o presidente do PT, Rui Falcão, defendem
enfaticamente que ele aceite.
O
ex-presidente teria ficado mais à vontade para aceitar o convite depois que a
juíza Maria Priscilla Veiga Oliveira, da 4ª Vara Criminal da Capital, não
decretou a prisão dele e decidiu enviar o pedido para ser analisado em
Curitiba, onde o petista é investigado na Operação Lava Jato
Folha
Terça-feira,
15 de março, 2016
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