A
Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o governador de Minas Gerais,
Fernando Pimentel (PT), por falsidade ideológica para fins eleitorais e
ocultação de valores de caixa 2 na prestação de contas de sua campanha de 2014.
A
denúncia foi oferecida em março, mas teve o sigilo retirado somente agora pelo
relator do caso do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Herman
Benjamin. Trata-se da quarta acusação contra Pimentel, proveniente da Operação
Acrônimo, que apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro para campanhas
eleitorais.
Segundo
a denúncia, assinada pelo vice-procurador-geral da República, Luciano Mariz
Maia, Pimentel montou uma “estrutura paralela de arrecadação de fundos e
custeio de despesas” na campanha de 2014.
Nesta
acusação mais recente, o governador é acusado de receber R$3,2 milhões via
caixa 2 de dois grupos econômicos de Minas Gerais. Também está envolvido no
caso, Benedito Oliveira, o Bené, descrito como braço-direito de Pimentel e
delator da Acrônimo.
Para
o Ministério Público Federal (MPF), os recursos de caixa dois foram
provenientes de negociatas acertadas quando Pimentel era ministro do
Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, entre 2011 e 2014. A denúncia
não descreve quais teriam sido as contrapartidas pelos valores repassados via
caixa 2 de campanha.
Outras
cinco pessoas também foram denunciadas por participação no esquema: Victor
Nicolato, Henrique Bradley Tertuliano dos Santos, José Manuel Simões Gonçalves,
Elon Gomes de Almeida e Peterson de Jesus Ferreira.
O
advogado Eugênio Pacelli, que representa Pimentel, disse que não teria “nada a
declarar”, pois não anteciparia sua resposta à acusação. “Ela irá para os autos
do processo”, afirmou. (ABr)
Terça-feira,
22 de maio, 2018 ás 11:00
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