A
Justiça retoma nesta segunda (7/5) as audiências do processo sobre o sítio de
Atibaia (SP), em que o ex-presidente Lula é um dos réus. As testemunhas de
defesa serão ouvidas por videoconferência de São Paulo e presencialmente em
Curitiba.
Mais
de 130 pessoas teriam sido arroladas pela defesa dos réus no processo. Entre
elas está o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e a ex-presidente Dilma
Rousseff, que prestam depoimento como testemunhas de defesa de Lula.
O
processo em que o petista responde por corrupção passiva e lavagem de dinheiro
investiga se Lula recebeu propina da Odebrecht e da OAS por meio da aquisição
do sítio e reformas no local que fica no interior de São Paulo. O ex-presidente
foi denunciado nesta ação em 2017 e se tornou réu em agosto do mesmo ano.
Segundo
a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), as reformas no sitío somariam
R$ 1,02 milhão. Lula nega ser dono do local, que está no nome de sócios de um
dos filhos do petista. Segundo o ex-presidente, todos os bens que pertencem a ele
estão declarados à Receita Federal.
Na
última semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli
recusou o pedido da defesa de Lula para suspender o processo contra o
ex-presidente na Justiça Federal do Paraná e para enviar a ação para a Justiça
de São Paulo. A tentativa da defesa veio após a Segunda Turma do Supremo
retirar do juiz federal Sérgio Moro trechos da delação de ex-executivos da
Odebrecht sobre Lula por entenderem que as informações não tinham relação com a
Petrobras e, portanto, com a Operação Lava Jato.
Para
o ministro, no entanto, a decisão de retirar do juiz as menções ao
ex-presidente feitas por delatores da Odebrecht envolvendo o sítio e o
Instituto Lula não discute sobre as competências de Moro para conduzir as ações
penais contra o petista. Dias Toffoli afirma, em sua decisão, que o pedido
ultrapassa o que foi decidido pela Segunda Turma do Supremo. (DP)
Segunda-feira,
07 de maio, 2018 ás 10:00
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