Duas das mais decisivas
testemunhas contra o ex-presidente Lula serão interrogadas nesta segunda-feira
(5/6) em Curitiba pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da
Lava Jato o ex-deputado Pedro Corrêa (PP) será ouvido às 10h, e o empresário
Emílio Odebrecht, às 14h.
Lula é acusado de receber, como
propina, um terreno para construir a nova sede do Instituto Lula, alem de um
apartamento de cobertura vizinho ao que ele mora, em São Bernardo do Campo
(SP). Os imóveis foram comprados pela Odebrecht em troca de contratos
adquiridos pela empresa na Petrobras.
Lula é acusado de corrupção
passiva e lavagem de dinheiro, juntamente a utras sete pessoas. A ex-primeira
dama Marisa Letícia que era acusada, foi oficialmente excluída do processo após
o seu falecimento.
O Ministério Público Federal
sustenta que em novembro de 2012 a Construtora Norberto Odebrecht pagou a Lula
R$ 12.422.000, a título de propina, por meio da aquisição do imóvel onde seria
construída nova sede do Instituto Lula, em São Paulo. O valor consta em
anotações de Marcelo Odebrecht, planilhas apreendidas durante as investigações
e dados obtidos a partir de quebra de sigilo.
Outros R$504 mil foram usados
pela empreiteira para comprar a cobertura vizinha à residência onde vive em São
Bernardo do Campo, interior de São Paulo. O apartamento foi adquirido no nome
de Glaucos da Costamarques, testa de ferro de Lula, em transação que também foi
concebida pelo advogado Roberto Teixeira, comadre de Lula, em nova operação de
lavagem de dinheiro, conforme o MPF.
Glaucos da Costamarques quanto
Roberto Teixeira também são réus no processo.
Os procuradores afirmam que, na
tentativa de dissimular a real propriedade do apartamento, Marisa Letícia
chegou a assinar contrato fictício de locação com Glaucos da Costamarques.
No outro processo que o
ex-presidente responde no âmbito da Lava Jato em Curitiba, os procuradores da
força-tarefa da Lava Jato citam três contratos da OAS com a Petrobras e
disseram que R$ 3,7 milhões foram pagos a Lula como propina, por meio da
reserva e reforma de um apartamento tríplex em Guarujá, no litoral de São
Paulo, e do custeio do armazenamento de seus bens.. O ex-presidente nega as
acusações.
Segunda-feira, 5 de Junho, 2017
as 10hs00
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