Tentando
virar a página da crise causada ao governo por conta das denúncias que
culminaram com a queda do ministro Geddel Vieira Lima, o presidente Michel
Temer pediu apoio de empresários em uma palestra segunda-feira(28), em Brasília
e disse que o governo está empenhado e vai se esforçar para tirar o Brasil da
crise.
Segundo
Temer, "o capital estrangeiro está ansioso para aplicar no Brasil",
mas os investidores são sensíveis e se retraem facilmente. "Qualquer
fatozinho novo abala as instituições e o investidor fica assustado",
disse, durante seminário Brasil Futuro, promovido pela Consulting House, em um
hotel de Brasília.
"Estas
instabilidades são passageiras e não podem ser levadas a sério. Levado a sério
tem que ser o país", completou. "Eu peço a compreensão da ideia de
que os senhores podem investir porque o estado brasileiro não os decepcionará.
Nós vamos crescer", completou o presidente, durante o painel intitulado
"Perspectivas para o Brasil".
Temer
disse ainda que logo que chegou à presidência viu que o primeiro dispositivo do
governo teria que ser o diálogo e voltou a destacar que fez isso inicialmente
com o Congresso Nacional. "Estabelecemos um diálogo muito construtivo com
o Congresso Nacional", afirmou.
O
presidente destacou o envio da PEC do teto dos gastos e a intenção do governo
em fazer as reformas previdenciária e trabalhista e disse que esse conjunto
ajudará o país sair da recessão. Temer pediu ainda uma dose de otimismo aos
empresários e afirmou que "precisamos dos senhores, porque o governo não
age sozinho".
Segundo
o presidente, a confiança está sendo retomada mesmo num momento de recessão.
"O primeiro passo é se combater a recessão", disse. "Amanhã
(terça-feira) esperamos que PEC seja aprovada por boa margem de votos",
completou. Temer disse ainda que a "quase falência" dos Estados vem
do déficit da Previdência e que "muito rapidamente" o governo vai
enviar a proposta de uma reforma do sistema previdenciário.
O
presidente voltou a dizer que é preciso esforço para retomar o emprego e pediu
novamente apoio do empresariado. "Nós temos que nos esforçar para alcançar
o pleno emprego", afirmou. "É preciso prestigiar a iniciativa privada
para retomar o emprego", completou.
Temer
destacou a criação de uma secretaria especial para cuidar das concessões e
afirmou que o governo vai privatizar vários prédios públicos que pertencem à
União. "Estamos também cuidando de levar atividades públicas para o setor
privado por meio das concessões. Já estabelecemos 34 que podem ser concedidos.
E vamos privatizar vários prédios públicos que pertencem à União e que são
desnecessários". (AE)
Terça-feira,
29 de Novembro de 2016
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