O
Ministério da Saúde começa a distribuir nesta quinta-feira (9) 1,7 milhão de
doses da vacina pentavalente aos estados, que vão encaminhá-las em seguida aos
municípios. De junho a dezembro do ano passado, a oferta foi irregular por
causa de problemas com os fornecedores. A vacina garante proteção contra cinco
doenças: difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e a bactéria Haemophilus
influenza tipo B (responsável por infecções no nariz e na garganta).
Segundo
o ministério, o Brasil compra a vacina por meio do Fundo Estratégico da
Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), pois não existe laboratório produtor
no país. Em julho de 2019, lotes do laboratório pré-qualificado pela
Organização Mundial da Saúde (OMS) foram reprovados no teste de qualidade do
Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde e em análise da Agência
Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em agosto, o Ministério da Saúde
solicitou reposição do produto, mas, naquele momento, não havia disponibilidade
imediata no mercado mundial.
Em
São Paulo, a vacina pentavalente, destinada a bebês a partir de 2 meses de
idade, continua em falta em algumas unidades básicas de saúde (UBS), mas é
possível encontrá-la em pequenas quantidades em outras. Aplicada aos 2, 4 e 6
meses de vida, a vacina imuniza os bebês contra tais enfermidades. É ainda
necessário aplicar o reforço aos 15 meses e aos 4 anos de idade.
Assim
como a pentavalente, a vacina DTP, que previne contra difteria, tétano e
coqueluche, estava em falta nos postos de São Paulo, mas já é encontrada nas
UBS. A vacina é aplicada como reforço aos 4 anos.
A
reportagem da Agência Brasil apurou, na manhã de hoje que, na zona leste, as
vacinas não eram encontradas na UBS Oratório e na de Vila Formosa II. A UBS de
Vila Formosa I tinha as duas vacinas. Na zona oeste, na UBS Parque da Lapa e na
Ipojuca, as vacinas DTP e pentavalente estavam disponíveis em poucas doses.
Já
na UBS Vila Dionísio, na zona norte, faltava a pentavalente, mas havia a DTP.
Na UBS Vila Ramos, também na zona norte, havia a DTP e a pentavalente tinha
acabado de chegar ao local. Na UBS Santo Amaro, na zona sul, não havia
disponibilidade da pentavalente, apenas da DTP e, na UBS Mooca, zona leste, o
atendente informou que havia doses suficientes de DTP e pentavalente para a população.
A
recomendação dos atendentes é ligar todos os dias para as UBS para saber sobre
o abastecimento das vacinas.
Novo lote
Em
nota divulgada pela prefeitura de São Paulo, a Coordenadoria de Vigilância em
Saúde (Covisa), explicou que a liberação de um novo lote da vacina pentavalente
depende da baixa do termo de guarda (BTG), concedida pela Anvisa,segundo
circular da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, e segundo
o Boletim Epidemiológico de dezembro do ministério. De acordo com a nota, as
coordenadorias regionais de saúde estão remanejando as doses quando é possível,
com o objetivo de manter a disponibilidade da vacina nas regiões.
A
nota acrescenta que está previsto o recebimento de algumas doses da vacina no
início da segunda semana deste mês e que, assim que chegarem, serão rapidamente
distribuídas a todas as salas de vacina do município. A vacina pentavalente tem
como público-alvo crianças de 2, 4 e 6 meses de idade.
O
Programa Municipal de Imunizações da Divisão de Vigilância Epidemiológica da
Covisa informou ainda que a vacina DTP, distribuída pelo Programa Nacional de
Imunização do Ministério da Saúde, aguarda análise conclusiva do Instituto
Nacional de Controle de Qualidade em Saúde quanto aos aspectos de qualidade,
segurança e eficácia, para que sua distribuição seja autorizada. No texto, a
Covisa admite que "há desabastecimento da DTP nas salas de vacinas do
município de São Paulo" e conclui que ainda não havia previsão de data
para normalização do abastecimento. (ABr)
Quinta
- feira, 09 de Janeiro, 2020 ás 18:00
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