O ministro da
Educação, Abraham Weintraub, disse terça-feira (7/01) ter a expectativa de que
chegue a 100 mil o número de vagas destinadas ao projeto piloto do Enem
Digital – plataforma por meio da qual o Exame Nacional do Ensino Médio será
feito via internet. Inicialmente, a expectativa era de que o piloto do programa abrangesse 50 mil vagas.
“O Enem Digital
vai entrar em vigor este ano em 15 capitais como projeto piloto voluntário,
para alguma coisa entre 50 e 100 mil vagas. E depois, no futuro, espalhá-lo
pelo Brasil todo”, disse hoje Weintraub. Cerca de 3,9 milhões de candidatos
participaram da edição 2019 do exame.
Para o governo, o
Enem Digital vai permitir a utilização de novos tipos de questões com vídeos,
infográficos e até a lógica dos games. A sequência do programa, no
entanto, depende da estruturação das escolas públicas brasileiras, em especial
de seus laboratórios de informática.
“Levaremos
informática para todas as escolas do Brasil. Este ano já vamos cobrir quase
tudo, mas ao longo do tempo o pessoal terá laboratório de informática e estará
preparado para fazer o Enem Digital, porque não adianta passarmos para o Enem
Digital sem dar condições de competição para o filho de quem não tem internet
nem computador. Por isso, ao longo deste governo, o Enem passará a ser 100% digital.
Mas isso será feito de forma gradual”, acrescentou o ministro.
Segundo ele, ao
final do processo, o Enem Digital proporcionará grande economia de dinheiro
público, uma vez que, quando feito no papel, o exame acaba sendo mais caro por
conta de sua logística.
“Quando
digitalizar tudo, o Enem ficará mais barato. A pessoa poderá marcar com
antecedência o dia que vai fazê-lo, além de não ter problema caso perca o
prazo. Caso tenha problema, ele pode remarcá-lo, sem risco de perder o ano”,
acrescentou o ministro.
Previsões para 2020
Ainda durante a
entrevista, Weintraub fez algumas projeções sobre as ações que serão
implementadas por sua pasta em 2020. “A gente arrumou a casa e agora
começaremos a entregar resultados”, disse.
“Por exemplo, na
parte de bolsas não apenas estamos mantendo como ampliando-as. Criamos novas
bolsas para pesquisar especificamente crises ambientais como derramamento de
óleo. Foi criada uma bolsa só para isso. Tem também a ampliação do programa de
apoio a pós-graduação para a Amazônia Legal stricto sensu [mestrado e
doutorado]”, disse.
Segundo ele, a
ideia é, ao longo do ano, avançar no sentido de melhor distribuir bolsas pelo
território nacional, de forma a beneficiar localidades que historicamente são
menos atendidas. Weintraub destacou também a criação de um portal de periódicos
que disponibilizará os principais jornais e revistas científicos.
“E no programa de
formação de professores, além de mantermos todos programas, estamos fazendo a
parte de formação de professores da educação básica no exterior, principalmente
nos Estados Unidos, Canadá, e agora, entrando também, a Irlanda. Dessa forma, a
pessoa poderá sofisticar seu inglês, ver outras realidades e trazer isso para
ensinar nossas crianças”.
Ainda de acordo
com o ministro, a capacitação e o treinamento dos professores virão junto com a
valorização da profissão, “que terá seu piso salarial aumentado em 12% este
ano”.
(ABr)
Terça
- feira, 07de Janeiro, 2020 ás 18:00
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