A
Polícia Federal (PF) deflagrou quinta-feira (31/01) a 59ª fase da Operação Lava
Jato. São cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e três de prisão
temporária por 60 policiais federais, com o apoio de 16 auditores fiscais da
Receita Federal, em São Paulo e Araçatuba (SP).
Há
suspeitas de que o esquema criminoso foi possível devido a acordo entre os
investigados, que responderão pela prática dos crimes de corrupção passiva e
ativa, lavagem de dinheiro e associação criminosa. Os presos e o material
apreendido serão levados para a Superintendência da Policia Federal em
Curitiba, no Paraná.
Buscas e detenções
Os
mandados foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba, com base nos termos
da colaboração premiada homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Os contratos
suspeitos somam mais de R$ 682 milhões.
As
investigações colheram indícios que apontam que empresas pagaram vantagens
indevidas, de forma sistemática, a executivos da Transpetro. O esquema envolvia
o pagamento de um percentual de propina, que alcançou o montante de até 3% do
valor de 36 contratos formalizados com a estatal entre 2008 e 2014.
Valores
No
período de 2008 a 2014, foram repassados milhões de reais a agentes políticos,
segundo as investigações. Desse total, o colaborador teria recebido R$ 2
milhões por ano, a título de vantagem indevida, além de R$ 70 milhões no
exterior.
Há
indícios de que um escritório de advocacia foi utilizado para a movimentação de
valores ilícitos e geração de dinheiro em espécie em favor das empresas do
grupo investigado.
O
sistema utilizado para a ocultação e dissimulação da vantagem indevida ocorreu
mediante a utilização de contas de passagem e estruturação de transações
financeiras (fracionamento). O objetivo era evitar comunicação de operações
suspeitas ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). (ABr)
Quinta-feira,
31 de janeiro, 2019 ás 08:04
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