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após receber, às 17h, a faixa presidencial de Michel Temer, o presidente Jair
Bolsonaro discursou no parlatório do Palácio do Planalto, de frente para o
público que lotava a Praça dos três Poderes. Recepcionado aos gritos de
"mito" e "o capitão chegou", Bolsonaro propôs a criação de
um "movimento para restabelecer padrões éticos e morais que transformarão
nosso pais". Ele defendeu ainda que "a corrupção, os privilégios, as
vantagens, os favores politizados, partidarizados" acabem e fiquem
"no passado para que o governo e a economia sirvam de verdade para a
nação".
"Não
podemos deixar que ideologias nefastas venha a dividir os brasileiros.
Ideologias que destroem nossos valores e tradições. Ideologias que destroem
nossas famílias, alicerces da nossa sociedade. Convido a todos para iniciarmos
um movimento neste sentido. Podemos eu, você e nossas famílias, todos juntos,
restabelecer os padrões éticos e morais que transformarão nosso Brasil",
afirmou.
A
primeira frase do presidente para seus apoiadores foi: "este momento não
tem preço, servir a pátria como chefe do Executivo". Em seguida, prometeu
"fazer o Brasil ocupar o lugar que merece no mundo e trazer paz e
prosperidade para todos." O momento
mais aplaudido de seu discurso de improviso ocorreu logo em seguida, quando
Bolsonaro proferiu a seguinte frase: "O
povo começou a se liberar do socialismo". E continuou: " Se
libertar da inversão de valores, do gigantismo estatal e do politicamente
correto", sendo novamente muito aplaudido. Bolsonaro concluiu esse trecho
de sua fala dizendo que a eleição deu voz a quem não era ouvido e que a voz das
ruas e das urnas foi muito clara.
Ele
assegurou que fará as mudanças pleiteadas pela maioria, respeitando os princípios
do estado democrático e a Constituição. Bolsonaro destacou ter sido eleito
"com a campanha mais barata da história" e voltou a prometer um
"governo sem conchavos e sem acertos políticos". Disse que o
"time de ministros" está qualificado para transformar o país,
colocando os interesses dos brasileiros em primeiro lugar. Disse que esse era o
"propósito inegociável" de seu governo.
Combate ao desemprego
Pela
primeira vez, o presidente mencionou a necessidade de combater "o
desemprego recorde" na economia. Ele defendeu que os brasileiros tenham
direito a uma vida melhor e a um governo honesto e eficiente, que não crie
"pedágios e barreiras". Voltou a dizer que vai desburocratizar o
Estado e melhorar a infraestrutura do país. Bolsonaro reiterou que quer "
acabar com ideologia que defende bandidos e criminaliza policiais".
Prometeu
ainda garantir "a segurança das pessoas de bem e do direito de propriedade
e da legitima defesa" e avisou que a educação básica será priorizada. Ao
finalizar seu discurso, mostrou uma bandeira do Brasil e disse: "Eis a
nossa bandeira que nunca será vermelha. Se for preciso (daremos) o nosso sangue
para mantê-la verde e amarela." (ABr)
Terça-feira,
1º de Janeiro, 2019 ás 18:00
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