Exames
laboratoriais e de imagem pré-operatórios do presidente Jair Bolsonaro, feitos
na tarde de domingo (27/01), apontaram normalidade, segundo boletim médico
divulgado há pouco pelo Hospital Albert Einstein, na capital paulista, onde deu
entrada na manhã deste domingo e passará por cirurgia para a retirada da bolsa
de colostomia e reconstrução do trânsito intestinal.
A
cirurgia está confirmada para a manhã desta segunda-feira (28). No
procedimento, ocorrerá a retirada da bolsa de colostomia, que o presidente
passou a usar desde setembro do ano passado após ter sofrido uma facada.
O
general Otávio Santana do Rêgo Barros, porta-voz da Presidência da República,
informou que o presidente Jair Bolsonaro está "muito animado" com os
resultados dos exames pré-operatórios. A declaração foi dada em entrevista
coletiva no hospital,
"Amanhã
com toda certeza o êxito da cirurgia fará com que ele possa desencadear suas
atividades de presidente da República da melhor forma possível", disse o
general. No período de 48 horas depois da cirurgia, o vice-presidente Hamilton
Mourão assumirá interinamente a presidência.
Passados
esses dois primeiros dias, Bolsonaro voltará ao trabalho ainda no hospital.
"Ao lado do quarto onde o presidente estará a realizar sua recuperação, existe
um dispositivo montado pelo gabinete de Segurança Institucional com todo o
equipamento, com toda possibilidade técnica que permita que ao presidente daqui
orientar seus ministros e seus órgãos e até mesmo mediante autorização dos
médicos receber para despacho os ministros que venham de Brasília",
explicou Barros.
Bolsonaro
foi esfaqueado em um ato de campanha, em Juiz de Fora, no dia 6 de setembro. A
facada atingiu o intestino e o então candidato foi submetido a duas cirurgias,
uma na Santa Casa de Juiz de Fora e outra no Hospital Albert Einstein, em São
Paulo. A bolsa de colostomia utilizada por ele por cerca de quatro meses
funciona como um intestino externo e possibilita a recuperação do intestino
grosso e delgado.
Brumadinho
O
porta-voz disse ainda que o presidente está preocupado com a repercussão do
rompimento da barragem de rejeitos da mineradora Vale, em Brumadinho (MG), que
ocorreu na sexta-feira passada (25/01). Segundo o porta-voz, o gabinete de
crise, criado pelo presidente, está debruçado nos assuntos relativos à
tragédia.
"Uma
série de ações sob o ponto de vista jurídico estão sendo conformadas por esse
gabinete de crise e serão apresentadas ao presidente da República. Ele tem
demonstrado sim preocupação no sentido de que este efetivamente seja o último
grande desastre ambiental que nosso país passa e que tanto preocupa pelo fato
do próprio desastre ambiental, quanto sob o ponto de vista do país lá
fora", disse. Ontem (26), Bolsonaro sobrevoou a região atingida.
Em
vídeo divulgado nas redes sociais, já no hospital, Bolsonaro lamentou o
rompimento da barragem, que classificou como "barbaridade em
Brumadinho". “Retornamos de Davos, então, na madrugada de sexta-feira, e
depois do almoço [aconteceu] aquela barbaridade em Brumadinho - Minas Gerais.
Algo que afeta a todos nós e somos solidários das vítimas. Bem, no dia
seguinte, sábado, sobrevoamos a região e o nosso time de ministros já tinham
tomado as suas providências no sentido de buscar melhorar a dor dos familiares,
bem como dar apoio aos sobreviventes, entre outras coisas”.
O
porta-voz informou que o gabinete está subsidiando as ações de apoio do governo
federal ao estado de Minas Gerais e à cidade de Brumadinho. O governo estuda
prestar auxílio-financeiro às famílias atingidas, como a liberação do Fundo de
Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Sobre essa medida, o porta-voz disse que
ainda não tem informações definitivas, mas que o gabinete "está prestes a
apresentar propostas nesse sentido" a Bolsonaro.
Segundo
Barros, o presidente recebe diariamente atualizações dos ministros. "Há
pouco ele comentou que alguns ministros têm passado as informações e dirimido
quaisquer dúvidas que possam existir", disse. (ABr)
Domingo,
27 de janeiro, 2019 ás 18:00
Nenhum comentário:
Postar um comentário