O
ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Marcos Pontes, viaja
na próxima semana a Israel com uma equipe de técnicos para conhecer
experiências do país na área e discutir parcerias. Um dos interesses é mapear
iniciativas de reúso e dessalinização de água para avaliar possibilidades de
adoção de tais técnicas no Brasil.
Pontes
apresentou a jornalistas sexta-feira (25/01) em Brasília a missão, que contará
também com integrantes de outros ministérios, como o das Relações Exteriores.
“A missão tem finalidade técnica de verificar tecnologias e processos de como
trabalham com inovações que nos sejam úteis para que possamos estreitar
relações e trazer benefícios para o país”, explicou o ministro.
O
ministro justificou a missão pelo fato de Israel ocupar a 11ª colocação no
ranking global de inovação, de ter eventos importantes na área (como a feira
Cybertech) e pela experiência no reuso e dessalinização de água, fontes de 50%
do consumo nacional.
Na
agenda estão previstas, além de reuniões com autoridades do governo israelense,
visitas a estações de tratamento de água e a empresas com atuação na área. O
objetivo da missão é conhecer técnicas que possam ser avaliadas para a
realidade brasileira.
Implantação
Pontes
informou que os projetos de reuso e dessalinização no Brasil serão coordenados
pelo Instituto Nacional do Semi-árido. Não apenas soluções israelenses, mas
também de outros países e daqui serão analisadas pelo centro, disse o ministro.
Serão examinadas as propriedades de cada equipamento, tais como gasto de
energia, vazão da água, custos e eficiência.
“Esses
equipamentos podem ser de diferentes países. A gente vai procurar identificar
onde essas tecnologias estão sendo desenvolvidas no planeta e promover a
tecnologia brasileira”, disse o ministro. Um cadastro será aberto no ministério
para que empresas brasileiras possam inscrever suas tecnologias para o tema.
De
acordo com Pontes, o processo será contínuo, mas não há previsão de quando uma
tecnologia poderá ser de fato implantada. Ele não informou que outros países
poderão ser visitados para conhecer experiências desta modalidade de tratamento
de água.
Questionado
por jornalistas sobre o porquê da ênfase em dessalinização sendo que a maior
incidência da seca é no semi-árido, respondeu que as soluções serão
implementadas de forma combinada, da transposição do São Francisco a projetos
de dessalinização para áreas mais próximas do litoral ou envolvendo poços de
pouca profundidade.
“Não
se conseguiu até agora colocar sistema integrado para solucionar o problema de
forma sustentável. Esse esforço com o Ministério do Desenvolvimento Regional,
com a nossa participação, é para ajudar a solucionar o problema usando essas
diversas fontes de água”, acrescentou. (ABr)
Sábado,
26 de janeiro, 2019 ás 00:05
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